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Enfermeira: solidariedade que fortalece
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Enfermeira: solidariedade que fortalece

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Tipo Notícia
FORTALEZA, CE, BRASIL, 27-03-2020:  Trabalhadores que não podem parar mesmo no período de quarentena. Carla Santos, 28, enfermeira. (Foto: Beatriz Boblitz/ O POVO) PERS DOM (Foto: BEATRIZ BOBLITZ)
Foto: BEATRIZ BOBLITZ FORTALEZA, CE, BRASIL, 27-03-2020: Trabalhadores que não podem parar mesmo no período de quarentena. Carla Santos, 28, enfermeira. (Foto: Beatriz Boblitz/ O POVO) PERS DOM

A rotina de trabalho não é mais a mesma. Tampouco os sentimentos que acompanham a enfermeira Carla Antunes, 28, desde a saída para trabalhar no hospital, todas as manhãs, até a volta para casa. É a angústia na chegada de cada novo paciente, é o medo de voltar para casa e acabar contaminando, sem saber, a família, é a força que precisa ter para confortar aqueles que sentem nela um ponto de apoio. Carla mora com os pais e a avó, todos do grupo de maior risco. Casa de dois andares já está dividida. Saber que ela mesma representa um grande risco de transmissão amedronta e gera uma sensação completamente nova. O perigo, agora, está com ela. "No momento, o que eu mais queria era estar perto da minha família, mas, para eu conseguir ter eles por mais tempo comigo, tenho que me afastar até tudo isso passar", desabafa. Por outro lado, estar envolvida numa onda de solidariedade vem dando força à profissional. Os aplausos das janelas são formas de abraços. A tempestade mostra, com mais clareza, seu propósito de vida: cuidar da vida do outro.

 

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