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Capital atinge menor taxa de UTIs ocupadas desde o fim de abril
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Capital atinge menor taxa de UTIs ocupadas desde o fim de abril

| Covid-19 | O percentual de ocupação de leitos de UTIs em Fortaleza chegou ontem a 59,48% - o número é o mais baixo desde que passou a ser divulgado pelo IntegraSUS
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9 mortes entraram no sistema desde o último boletim (Foto: Aurélio Alves)
Foto: Aurélio Alves 9 mortes entraram no sistema desde o último boletim

A taxa de ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de Fortaleza chegou a 59,48%, na noite de ontem. O índice, registrado no IntegraSUS, ferramenta da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) que monitora a evolução da Covid-19 no Ceará, é o menor desde o dia 29 de abril - data em que os dados passaram a ser registrados na plataforma. Dia 21 de junho, a taxa já havia registrado 59,7% de ocupação das UTIs e voltado a subir, chegando a 76,7% dia 5 de julho. Pelo monitoramento, 229 pessoas ocupavam ontem os leitos especializados. Já a taxa de ocupação das enfermarias na Capital era de 56,1%, com 354 internadas. No Ceará, a taxa de ocupação de UTI era de 69,67% e de enfermarias de 40,84%.

Observar a taxa de ocupação de leito é importante, para que, conforme o biólogo, epidemiologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC) Luciano Pamplona, não "voltemos a ter uma saturação do sistema". "Vamos continuar tendo casos, enquanto não houver uma vacina. O desafio, portanto, é atender o paciente de forma adequada e, para isso, precisa que tenha leitos disponíveis para evitar ou diminuir a incidência de óbitos. Esse indicador dá a segurança mínima para o Governo continuar reabrindo a economia, uma vez que há margem para atender os novos casos que vão surgir", detalha Pamplona.

Os números na Capital refletem um movimento que vem acontecendo também nos registros de novos casos e de óbitos em decorrência da infecção pelo novo coronavírus. Conforme boletim epidemiológico divulgado na sexta-feira, 10, pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), a média móvel estimada era de 35 casos por dia - o que é aproximadamente 95% menor do que a registrada no período do pico de transmissão (820 casos), que se deu em maio.

Já em relação aos óbitos, a redução da média móvel de óbitos dos últimos sete dias (5,7) foi de 94% em comparação à média obtida no pico (com mais de 80 mortes por dia, entre os dias 15 e 17 de maio). Neste período, as taxas de ocupação de UTI eram superiores a 95%.

"Na Capital, é importante que a gente volte a condição do início da epidemia: cada caso agora deve voltar a ser seguido para entender de quem ele pegou, para fazer o isolamento e cortar essa transmissão. Quando se tem muitos casos por dia, é impossível fazer isso, mas agora com poucos, a ideia é monitorar, seguir e bloquear", acredita Pamplona.

Até a última atualização de ontem, às 17h23min, Fortaleza tinha 38.039 casos e 3.498 óbitos - o que representa um incremento de 1.103 novos casos e 123 registros de óbitos no sistema em uma semana. A Capital tem ainda 75,1% (28.596) de taxa de recuperação. Contudo, segue com letalidade de 9,2 - mais alta que a do Estado, que é de 5. O Ceará registrou ontem 136.001 casos e 6.867 mortes por Covid-19 - 14.015 novos confirmações e 446 novos registros de mortes em uma semana.

Apontando os dados de Fortaleza, o governador Camilo Santana afirmou ontem, pelas redes sociais, que a Capital "segue uma importante tendência de melhora, assim como em algumas regiões do Estado". "No entanto, é importante alertarmos que a pandemia continua e ainda é grave. No Cariri, a situação requer ainda mais atenção", indicou. Juazeiro do Norte, principal cidade da Região, tinha ontem 67,39% de ocupação de UTI e 88,14% de leitos de enfermaria ocupados. A cidade contabiliza 4.031 casos e 137 óbitos - 1.679 registros de novos casos e 28 novas mortes confirmadas por Covid-19 em uma semana.

 

Brasil registra 1.071 mortes em 24 horas

Foram registradas 1.071 mortes em decorrência da pandemia de Covid-19 no Brasil em 24 horas, segundo atualização diária do Ministério da Saúde (MS) de ontem, 11. O número total de óbitos está em 71.469.

De acordo com o MS, 667.508 pessoas estão em acompanhamento e 1.100.873 se recuperaram. Há ainda 3.974 mortes em investigação. Segundo o Painel Coronavírus, foram registrados 39.023 casos nas últimas 24 horas. O número de casos confirmados desde o início da pandemia chegou a 1.839.850.

Os estados com mais mortes são: São Paulo (17.442), Rio de Janeiro (11.406), Ceará (6.853), Pernambuco (5.556) e Pará (5.274). As unidades da Federação com menos óbitos pela pandemia são Mato Grosso do Sul (153), Tocantins (251), Roraima (396), Acre (419) e Santa Catarina (485).

São Paulo também lidera entre os estados com maior número de casos confirmados, com 366.890, seguido por Ceará (133.945), Rio de Janeiro (129.675), Pará (122.934) e Bahia (104.188).

As unidades da Federação com menos pessoas infectadas registradas são Mato Grosso do Sul (12.969), Tocantins (14.939), Acre (16.080), Roraima (21.849) e Rondônia (26.496). (Agência Brasil)

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