Começa na próxima segunda-feira, 31, e segue até cinco de Setembro a terceira edição do Palco Vida&Arte, evento promovido pelo O POVO e pela Fundação Demócrito Rocha (FDR) que, desde o seu início levanta uma programação diversificada com base na cultura e na arte. Desta vez, o evento ganha formato virtual e, em meio às atrações, está a cantora Marília Lima, que se apresenta no domingo, 5, último dia do Palco Vida&Arte. Em conversa com O POVO, ela adianta sobre a programação do show e conta sobre o momento atual que vive.
O POVO - Você pode adiantar o que vamos encontrar no seu show no Palco Vida&Arte?
Marília Lima - Meu show é totalmente autoral de músicas recém-lançadas nas plataformas digitais. Serei acompanhada pelos músicos Leo Vasconcelos (teclado), Marcelo Holanda (bateria), George Gurgel, Romualdo filho (baixo) e participação em uma música de Ronaldo (guitarra). Temos recém-lançadas nas plataformas as músicas "O quê?" e "Mundo Além", que estarão no set list da live.
OP - Estamos atravessando uma pandemia e o mercado artístico vem sendo bastante afetado. Como está sendo esse período para você?
Marília Lima - Este período tem sido de criação, produção, gravação de novas músicas e experimentos musicais. Aproveitei o tempo em casa para criar energia positiva musical para mim e para o planeta. No início eu me desesperei como todos, não é? Chorei, entrei em estado de pânico, mas com ajuda de amigos e fãs eu fui me adaptando à nova rotina e tentei tirar o que podia de bom. Eu sempre estava me apresentando na correria e tinha alguns projetos para concluir. Usei o tempo que restou da pandemia para isso.
OP - Como estão os planos para quando tudo isso passar? Vem algum projeto novo?
Marília Lima - Neste exato momento, estou em um estúdio gravando as trilhas das músicas criadas neste isolamento social. Eu, juntamente com os músicos que trabalho, fiz um trabalho de pesquisa de sons, nossas referências brasileiras e mundiais, o sentimento coletivo e produzimos oito novas músicas com pegadas de soul Brasil, afro, neo soul e guitarras blues. O instrumental está pronto, gravado e falta a voz. Está quase pronto.
OP - Qual o seu ponto de vista sobre essa demanda de eventos e festivais virtuais? Acredita que, passando a pandemia, alguma coisa vai ficar?
Marília Lima - Bom, eu acho super válido, já que leva entretenimento de qualidade de forma responsável nesse momento de isolamento social. Além de ajudar os profissionais da cultura, fortemente atingidos financeiramente pela pandemia do Coronavírus. Neste período eu fiz algumas lives, com a Secultfor, Hard Rock Café e outras casas de show que já me apresentava anteriormente. Não foram muitas, porque eu me instigo mais no ao vivo. A pandemia me deixou muito sensível, acho que todos nós, não é? Sinceramente, passando a pandemia acho que fica o aprendizado de lidar com câmeras e erros técnicos com equipamentos de som (risos).