Logo O POVO+
Inspirar pessoas pela música
DOM

Inspirar pessoas pela música

Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Matuê (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Matuê

Sorridente, prosador e gentil. Matheus Brasileiro Aguiar, o Matuê, 26, é o principal nome do trap no Brasil na atualidade. O ritmo é um subgênero do rap, que se originou na década de 2000 nos EUA. Natural de Fortaleza, o músico passou temporada em Okaland (EUA), mas voltou para a terra natal com o desejo de inspirar pessoas por meio de suas letras.

Seu novo álbum, "Máquina do Tempo", alcançou o topo nas plataformas de streaming e no YouTube, sendo a melhor estreia no chart do Spotify, com seis músicas estreando no Top 10 e todas no Top 15 da plataforma no Brasil.

Em conversa com O POVO, fala sobre a carreira.

O POVO: Quais são suas influências na música?

Matuê: Ouço muito reggae. Principalmente durante a minha adolescência aqui em Fortaleza eu escutei muito reggae. Também ouvi forró, claro, mas foi o reggae e sua cultura que tiveram muita influência na minha vida. Além disso, ouvi 'muita música' dos anos 90. Renato Russo, Charlie Brown Jr., Tijuana, CPM22 foram outras influências que eu tive na música.

O POVO: Seu álbum estreou nas plataformas de streaming de forma meteórica. Você esperava essa repercussão?

Matuê: Não. Ficamos muito surpresos e felizes quando a gente viu que a repercussão foi bastante positiva. Mas estamos pensando em algo muito maior. Algo mais impactante está por vir. No "Máquina do Tempo", passei os últimos dez meses pensando no processo criativo, aprendendo novos instrumentos e gravando eles. E ver que o álbum foi muito bem aceito pela rapaziada é muito bom.

O POVO: O "Máquina do Tempo" é todo autoral. Como funciona seu processo de composição?

Matuê: Todas as minhas músicas são autorais. Isso é importante ser dito. Gosto de fazer tudo, não deixando nada para ninguém. Tem dias que a letra vem do nada; noutros, sinto dificuldade para compor, mas acaba saindo (a letra). "Máquina do Tempo", por exemplo, eu estava me sentindo travado. Comecei a brincar com meu amigo e acabou saindo. Minha inspiração vem do dia a dia, do cotidiano.

O POVO: Como você vê o cenário do trap no Nordeste e qual é a sua participação para a popularização do ritmo na região?

Matuê: Aqui tem espaço para todo tipo de ritmo. Eu mesmo pretendo cantar outros ritmos ou contar com algumas participações de outros artistas. Minhas letras buscam sempre passar a ideia de evolução, de que o ser humano é um ser evolutivo. A música também é assim, evolutiva. Não existe ritmo melhor do que o outro.

O POVO: Iniciei a entrevista perguntando quem é o Matuê, agora pergunto quem o Matuê quer ser? Onde você quer chegar?

Matuê: Quero ser uma figura de expressão, principalmente para os meus fãs. Um cara comum, mas com objetivos muito grandes. Ser uma referência para quem está começando. Para a rapaziada que tem o desejo de entrar na música e viver dela. Eu tive que percorrer muitos caminhos longe da música até passar a viver dela. Então espero ajudar as pessoas para que elas possam chegar mais depressa nesse ponto. Quero ajudar a elas serem muito maiores do elas esperam ser. 

O que você achou desse conteúdo?