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Mozart Brandão Júnior: Água para promoção da saúde pública
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Mozart Brandão Júnior: Água para promoção da saúde pública

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Mozart Brandão, engenheiro da Cagece, escreveu livro sobre a prevenção de epidemias propagadas pela água (Foto: Arquivo Pessoal)
Foto: Arquivo Pessoal Mozart Brandão, engenheiro da Cagece, escreveu livro sobre a prevenção de epidemias propagadas pela água

Mozart Brandão Júnior, engenheiro da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), lançou nesta semana um livro virtual intitulado “Água - Vamos deixar ser o veículo de futura pandemia?”. Segundo o autor, a partir da projeção de uma futura pandemia, a obra pretende lançar “luzes de esperanças” para tentar, de forma precoce, prevenir a ocorrência de novas crises, tendo a água como principal veículo propagador.

De acordo com Mozart, o ebook é inspirado no seu último livro, lançado em 2019: “Água – Problema e/ou solução”, que discorre sobre a gestão e tratamento dos recursos hídricos, com foco na promoção da saúde pública. Ele frisa que a obra pretende contribuir para a educação, e associar a saúde humana à correta utilização da água, levando em consideração a gestão dos recursos hídricos, por meio de políticas públicas, e também o tratamento da água pelo setor empresarial.

Partindo das discussões suscitadas no seu primeiro livro, o engenheiro, que acumula 48 anos de experiência no setor de saneamento, traz no ebook um histórico da pandemia da Covid-19, e resgata estudos e observações acerca da biodiversidade dos micróbios (vírus, bactérias e outros), incluindo pesquisas que foram realizadas no curso da pandemia.

Em entrevista ao O POVO, Mozart Brandão explica em detalhes a análise da sua obra “Água - Vamos deixar ser o veículo de futura pandemia?”, e discorre sobre a importância da prevenção e da correta utilização da água para a promoção da saúde pública. Confira.

O POVO: Qual é a relação do seu último livro com o ebook “Água - Vamos deixar ser o veículo de futura pandemia?”?

Mozart Brandão: Meu primeiro livro foi publicado em 24 de outubro, está perto de completar um ano. Nele, eu explorei bastante a questão da saúde com base na utilização correta da água. Se você bebe corretamente, provavelmente vai ter uma longevidade. Então, eu exploro muito sobre a longevidade, o tipo de água que se ajusta melhor ao perfil humano e a estrutura hexagonal da água. Por último, falo sobre a osmose reversa, que é uma tecnologia que você pode fazer tratamento de qualquer tipo de água.

A partir de março, quando começou a ter o problema da pandemia, passei a escrever com base nas ocorrências da Covid-19. Fiquei alarmado com isso, e escrevi com a seguinte preocupação: “E se a água for o próximo veículo de uma futura pandemia, como estaremos?”. Como sou pesquisador, busquei todas as fontes possíveis para elucidar o ebook, em que eu inicio falando sobre isso. Não vamos deixar que aconteça [uma nova pandemia], estamos sofrendo muito. O mundo não suportará um novo episódio desse, principalmente se vier via da água. Porque a água, por ser o nutriente de maior aporte no nosso planeta, tem uma predominância muito grande.

OP: Qual é a proposta do livro e a análise que você faz?

Mozart: Iniciei a análise com o retrato da Covid-19, com número de mortes no Brasil e no mundo, para ser um elemento incentivador da observação do que um vírus pode causar à humanidade. Então, o quadro serviu como uma espécie de provocador para mexer com a sensibilidade humana, para a pessoa tomar cuidado. Outras questões eu não fiz de forma numérica, porque não vejo necessidade. Elas se colocam com evidência e clareza suficiente, que não precisa eu colocar um número para dizer que vale a pena investir nisso ou naquilo. Basta eu lhe dizer o seguinte: quanto custa uma vida humana? É um valor incalculável.

Quanto se gastaria se o planeta tivesse sempre usado as medidas preventivas que eu falo tanto? A prevenção é uma fração do gasto real. É insignificante o que o mundo teria gasto com prevenção, se a gente tivesse dado bolas a não destruir a natureza, a não fazer queimadas, a dar renda básica para os mais pobres. Essas coisas são evidentes por si só. Se não partirmos para um sistema de prevenção, não vamos a lugar nenhum. E é isso que eu exploro bastante no livro. Meu ebook é inédito no mundo, ninguém escreveu nessa linguagem, nesse nível de tom. [O livro] É um alerta que eu faço ao mundo.

OP: Seu livro lança uma pergunta "Água, vamos deixar ser o veículo de futura pandemia?". Na sua avaliação, a gestão hídrica deve estar atenta a quais aspectos para prevenir uma pandemia propagada pela água?

Mozart: No livro, eu primeiro foco no aspecto legal, com base na Constituição, que tem diversos artigos sobre isso. Então, depois do aspecto legal, eu evoco questões de natureza científica mesmo, explorando a eficácia da qualidade da água como elemento fundamental para o equilíbrio das pessoas. Mas tem situações coadjuvantes, que é o lado ambiental, de políticas públicas – porque a gente não pode se afastar das políticas públicas e da parte política, porque elas que regem nossas atitudes.

Também é importante o lado físico-químico-biológico dentro das características e propriedades da água, juntando com a disponibilidade dos demais recursos que a gente tem na vida, para enquadrar e tirar proveito. A Cagece, por exemplo, não produz a água. A água é produzida pela natureza. Mas quantas empresas no mundo se alvoroçam como donas da água sem ser? A água pertence à natureza, mas aí a gente estraga a qualidade da água e de tudo que existe e poderia estar nos protegendo. Então, são essas situações que, lamentavelmente, prejudicam a gente.

Serviço

O livro “Água - vamos deixar ser o veículo de futura pandemia?" está disponível de forma gratuita para download no site oficial de Mozart Brandão: www.mozartbrandao.com.br.

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