Assim como o K-pop&Food, das empresárias Meejeon e Chan, 93% das empresas abertas por estrangeiros no Ceará foram criadas com capital individual, sendo geridas por pessoas físicas que se beneficiam da diferença cambial para iniciar pequenos e médios empreendimentos com boas perspectivas de crescimento.
De acordo com dados do levantamento Ceará Global realizado pela Adece e outras 24 instituições, os empreendedores que se instalaram no Estado detinham, juntos, um capital social de R$ 31,22 milhões no fim do primeiro semestre de 2020.
Depois desse período, com o agravamento da crise da Covid-19, o fluxo de investimento estrangeiro no Estado caiu em decorrência da instabilidade econômica mundial. E a identificação de novas oportunidades e abordagens de negócios pode ser um dos caminhos para conquistar clientes e garantir o faturamento das empresas.
Meejeon e Chan seguem a mesma linha de raciocínio e mesmo com os impactos da pandemia dificultando a viabilidade do restaurante, as sul-coreanas já planejam seus investimentos futuros. Dentre eles, a criação de um pequeno museu com artigos que contem a história da Coreia, com exemplos de brincadeiras e roupas típicas do país.
"As pessoas não querem somente provar a comida coreana e nós queremos dar esse algo a mais, ir além, permitir que sintam um pedaço de tudo que é a Coreia quando forem ao nosso restaurante", comenta Meejeon.
Outra ação para o futuro é o investimento em franquias para o K-pop&Food, conforme revela Chan. "Ficamos tristes de não conseguir atender pedidos de locais mais distantes de Fortaleza, então, a ideia é criar uma franquia para quiosques ou pequenas lojas", detalha, na esperança que, com a estabilização da pandemia, ela e a mãe possam seguir investindo na expansão de seu negócio.