O avanço de fase no processo de reabertura da economia foi comemorado pela maioria dos representantes empresariais, mas ainda há solicitações de alguns segmentos. Barracas de praia e academias tiveram permissão para funcionar após mais de 50 dias fechados, restaurantes ampliam a capacidade de atendimento para 40%, bem como comércio, que está a duas semanas do Dia das Mães.
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Ceará (Abrasel-CE), Taiene Righetto, diz que esperava maior ampliação de horários na semana, até as 20 horas, e permissão para abrir para almoço aos fins de semana. "Diria que os empresários entraram num desespero total com essa semana a mais de restrições. Estagnamos e não vejo motivos para o segmento não ter avançado um pouco mais", afirma.
Em comum a comemoração para academias e barracas de praia, mas não deixando de lado a preocupação. Sasha Reeves, presidente do Sindicato das Academias (Sindifit), destaca que, desde o início da pandemia - que já dura mais de um ano -, os centros de exercícios passaram praticamente seis meses sem funcionar, o que fez com que 30% dos estabelecimentos fechassem de forma definitiva no Ceará. Mesmo com a reabertura, ela estima que algumas falências ainda possam acontecer.
Sasha cobra ações de ajuda ao segmento e seus profissionais. A ideia é que os governos auxiliem em relação à isenção de IPTU, prorrogação dos prazos para os débitos com energia elétrica e apoio financeiro aos profissionais de Educação Física. "Não tivemos nenhum apoio do governo estadual ou federal, nem apoio financeiro. É uma situação bastante delicada."
Nas barracas de praia o pleito é parecido. Fátima Queiroz, presidente da Associação dos Empresários da Praia do Futuro, relata que os empreendedores já estavam no limite de suas capacidades financeiras. Ela diz que abrir durante o dia já dá um pequeno fôlego ao segmento, mas há necessidade que os barraqueiros tenham acesso a benefícios de crédito para que possam equilibrar as contas e pagar a folha salarial.
No comércio, a expectativa é positiva por conta da possibilidade de campanha para o feriado do Dia das Mães, o segundo período mais importante do ano para o varejo. Freitas Cordeiro, da FCDL, destaca: "O consumidor ainda está cauteloso, mas continuamos animados com a ampliação e vamos torcer para que não relaxemos com as medidas de proteção, que junto com a vacinação, são fatores que farão com que a gente se afaste das dores desta pandemia."