Sem sofrer reajuste no ano passado, a inflação nos preços da energia residencial chegou com força total neste ano. Alta acumulada em 12 meses de 7,65%, no apurado até abril. Fruto da mais recente revisão tarifária autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a Enel Distribuidora no Ceará.
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Foi a quarta maior alta no País, mas ainda assim, abaixo da média brasileira, de 5,32%. No País, quem puxa o ranking nesse segmento é São Paulo (8,47%).
O economista Marcelo Leite explica que, de modo geral, a queda no consumo durante a pandemia, aumento de custos das concessionárias e a crise hídrica estão por trás da escalada de preços. E a previsão é que esse seja um componente que siga pressionando de maneira muito forte a inflação no restante do ano.
Em maio, em função do baixo nível de abastecimentos dos reservatórios do País, pelo segundo mês consecutivo, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve não só a bandeira tarifária vermelha, a mais cara, como elevou o patamar de alerta para o nível 2. Ou seja, a cobrança de taxa adicional em vigor no mês será de R$ 6,243 para cada 100 kWh consumidos. "Ou seja, é mais um gasto que vai pesar no bolso do consumidor."