Milhares de motociclistas fizeram uma manifestação em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ontem em São Paulo. O grupo saiu pela Marginal do Tietê e seguiu pela rodovia até Jundiaí e voltar em direção ao Ibirapuera, onde Bolsonaro discursou em um carro de som.
O presidente, que liderou a motociata, chegou à concentração na zona norte e circulou sem máscara, provocando aglomerações entre os apoiadores, muitos também sem o equipamento de segurança em meio à pandemia de coronavírus.
Bolsonaro, um de seus filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, foram multados em R$ 552, 71 pelo governo de São Paulo, por não usarem máscara no ato.
No discurso no fim da motociata, Bolsonaro voltou a falar na possibilidade de suspender a obrigatoriedade de uso de máscaras por pessoas já vacinadas. Ele repetiu que pediu um estudo ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sobre a possibilidade de sugerir a não obrigatoriedade do uso de máscara para vacinados.
"Quem for contra não acredita na ciência. Não tem como vacinado transmitir o vírus", disse. Mas, segundo especialistas, pessoas vacinadas podem sim transmitir o coronavírus e devem continuar usando máscaras, assim como o resto da população.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que foram gastos mais de R$ 1,2 milhão com o reforço no policiamento para a motociata com Jair Bolsonaro.
Durante o trajeto, um motociclista que participava da motociata perdeu o equilíbrio e provocou um acidente que derrubou outros condutores que também participavam do evento.
Imagens aéreas mostram o momento em que várias motocicletas se chocam e caem no asfalto enquanto outros motoqueiros seguem o trajeto. De acordo com informações da concessionária que administra a via, uma das pessoas envolvidas no acidente foi atendida com ferimentos leves e outras duas assinaram um termo de recusa de atendimento e seguiram viagem. (com agências)