O Sindicato dos Médicos do Ceará encaminhou um ofício ao Ministério da Saúde solicitando informações sobre o cronograma de vacinação para aplicação de uma dose de reforço/terceira dose da vacina contra a Covid-19, em profissionais da saúde.
O ofício foi encaminhado na última terça-feira, 24. O documento se baseia na pesquisa realizada pelo próprio sindicato que contou com 824 respostas. Cerca de 87,3% dos entrevistados têm interesse que o Sindicato dos Médicos atue para garantir uma terceira dose do imunizante.
A pesquisa foi iniciada no dia 20 de julho e apresentou os seguintes resultados:
De acordo com o Sindicato, a ação ocorreu após o recebimento de diversos questionamentos dos médicos sobre a eficácia do imunizante aplicado. Eles defendem que há uma preocupação pelo fato de os médicos estarem mais expostos ao contato com o coronavírus.
No Ceará, a maioria dos profissionais recebeu a vacina CoronaVac, primeiro imunizante a ser aplicado nos grupos prioritários da campanha de vacinação contra a Covid-19 no País. Conforme os estudos divulgados pelo Instituto Butantan, a eficácia geral da CoronaVac foi de 50,7% com 14 dias de intervalo entre as duas doses. Já para os casos moderados e graves, a CoronaVac apresenta 83,7% e 100% de eficácia, respectivamente.
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A ação paralela ao anúncio do Ministério que estima a possibilidade de imunização de 35 milhões de pessoas com a terceira dose da vacina contra Covid-19. A ação incluiria idosos, pacientes imunocomprometidos e profissionais da saúde. O anúncio foi informado pela secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19 da pasta, Rosana Melo, durante audiência na Comissão sobre o tema na Câmara.
“Os profissionais da saúde são os mais expostos ao contágio do vírus e, diante do aumento desta variante, precisamos garantir que estejam mais protegidos para que continuem a salvar vidas”, afirma o presidente do Sindicato, Leonardo Alcântara.
O médico também ressaltou que o propósito da dose de reforço é atender a demanda da categoria, e que o Sindicato saiu na frente e se propôs a ouvir o interesse desses profissionais da saúde, em especial os que atuam diretamente na linha de frente no combate à Covid-19.
"Entretanto, vale ressaltar que nós não questionamos a eficácia de nenhum dos imunizantes aplicados, apenas defendemos uma proteção maior aos profissionais que estão se arriscando, assim como defendemos o avanço da vacinação para toda a população cearense”, ressaltou.