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Em busca da tradição de ser sustentável
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Em busca da tradição de ser sustentável

Investimento fundamental
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Dimas investe em novas práticas ESG desde a produção das roupas até o consumo de energia elétrica (Foto: Arquivo Zefirelli/Divulgação)
Foto: Arquivo Zefirelli/Divulgação Dimas investe em novas práticas ESG desde a produção das roupas até o consumo de energia elétrica

Com 3,5% do faturamento para ações de ESG, a marca cearense Zefirelli assume ações de sustentabilidade como um “investimento fundamental”, conforme destaca Dimas Rufino, um dos fundadores da marca.

A empresa possui capilaridade em toda região Norte e Nordeste do País com 23 lojas e destaca que os investimentos em ações ecológicas não são um obstáculo para o crescimento empresarial.

Com crescimento de 21,92% em valores reais no comparativo de 2021 e 2020, a Zefirelli pretende aumentar os investimentos em ESG, dentro do orçamento destinado para ações de marketing, para 4% de todo faturamento.

Dimas destaca que a ampliação é necessária, tanto pelo alto custo da reestruturação das linhas de produção por um modelo sustentável, quanto pela implementação de novas ações de ESG.

“Pode sair mais caro, pode até diminuir nossa margem de lucro, mas é algo que estamos investindo não só no meio ambiente, no futuro, estamos pensando também na marca, o quanto isso vai impactar de forma positiva a marca, como o consumidor vai valorizar mais a marca sabendo dessas ações”, argumenta.

Retorno já observado

O empresário pontua ainda que o investimento massivo em ações de sustentabilidade já apresenta retorno no fluxo de vendas da marca diante do público consumidor e de parceiros comerciais.

“Quando a marca Zefirelli foi criada, em 1995, nós já tínhamos uma preocupação em produzir de forma ecológica, correta. Mas na época, ter fornecedores e produtores de matéria-prima sustentável era um desafio, mas hoje é um movimento muito forte do mercado, os clientes e outras empresas exigem isso”, acrescenta.

A meta da empresa é finalizar 2022 sendo totalmente sustentável, revela Dimas: “Desde nossos fornecedores, da matéria-prima, das etiquetas, embalagens, tudo, tudo será sustentável.”

Preparativos

O empresário reforça que há um núcleo de gestão da empresa responsável por coordenar todas as ações de sustentabilidade e entre as ações realizadas está a mudança na linha de confecção das roupas, prevista para ser iniciada no segundo trimestre deste ano, com migração para galpões industriais abastecidos por usinas fotovoltaicas e com água reaproveitada da chuva.

“A partir de março todos nossos produtos terão duas etiquetas com Qr Code para que as pessoas possam pesquisar e visualizar como aquilo foi produzido, para verificarem que toda nossa linha de exploração têxtil é sustentável”, revela Dimas com exclusividade ao O POVO.

“Queremos, já no segundo semestre, olhar para todos os nossos produtos, insumos, insumos de escritório e parceiros comerciais e ter um selo 100% sustentável em tudo”, afirma.

De olho na energia

Outra iniciativa da companhia é a construção, com investimento inicial de R$ 330 mil, de uma usina fotovoltaica, com utilização de painéis solares para que a energia gerada seja usada no consumo de lojas e fábricas da marca. 

Faz parte do projeto e-zefirelli, que busca implementar matrizes energéticas sustentáveis em toda linha de produção da empresa.

Para Dimas, a preocupação com a sustentabilidade ainda é vista como uma despesa, em especial por grandes produtores, mas que pequenas marcas e linhas de montagem mais recentes já iniciam suas operações com ações voltadas para o ESG.

“A indústria têxtil cearense tem se voltado já para empresas que estão renascendo, ressurgindo de forma mais consciente e sustentável. Nós temos um empresariado muito experiente, o Ceará ele tem tudo para dar um salto nesse setor produtivo, não só quantitativamente como na qualidade”, finaliza.

 

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