Logo O POVO+
Medidas são inadiáveis
DOM

Medidas são inadiáveis

Avalia economista
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
A presidente do Corecon-CE, Silvana Parente, avalia o cenário de implementação das práticas sustentáveis no Ceará (Foto: BARBARA MOIRA)
Foto: BARBARA MOIRA A presidente do Corecon-CE, Silvana Parente, avalia o cenário de implementação das práticas sustentáveis no Ceará

Ao analisar o cenário da implementação de práticas de sustentabilidade, a presidente do Conselho Regional de Economia Ceará (Corecon-CE), Silvana Parente, é categórica ao afirmar que as empresas não podem mais adiar a adoção de mudanças com foco no desenvolvimento sustentável.

“As empresas que não utilizarem essas práticas não vão poder competir no mercado, seja no agronegócio, na exportação, seja em disputa de investimentos. Não há futuro para empresas que não se voltem para essas questões, e isso é uma demanda do agora”, afirma.

A presidente do Corecon destaca ainda que a demanda por ações sustentáveis vai além das linhas de produção ou de uma tendência de consumo: “Os bancos estão pressionando para isso também, investidores, linhas de financiamento, os clientes, então o lucro deles, o sucesso das empresas dependem da adoção convincente dessas práticas”, argumenta.

Ela explica ainda que atitudes paliativas, com ações pontuais de ESG não serão bem recebidas por consumidores e investidores. “É importante que as empresas pensem em ser sustentáveis olhando a cadeia toda, porque ela pode ter as práticas, mas os fornecedores não têm. Então, não poderá dizer que o produto fabricado é sustentável”, pontua.

Selos devem guiar consumidores

Defendendo uma mudança integral nos modelos de produção, a especialista afirma que a economia atual se projeta para exigências de selos de sustentabilidade, de zero emissão de carbono e que as empresas que não migrarem para isso no presente, perderão competitividade de mercado e consequentemente, lucro.

“As práticas de ESG, hoje, elas já estão sendo discutidas por toda economia do Ceará, mas ainda apenas em níveis de discussão. O que nós precisamos é avançar para as questões das métricas, das metas e objetivos que queremos alcançar, dá transparências de relatórios ambientais de cada empresa”, reforça.

A economista alerta ainda para a tendência de realizar apenas ações ambientais e deixar de lado os demais princípios do ESG. “O tripé do ESG são medidas ambientais, sociais e de governança, então os empresários precisam se ater a isso para garantir seu lucro também.

Ele define as práticas sociais por empresas como algo “ainda muito incipiente no Brasil”, mas alerta: “As empresas com seus conselhos de administração, seus processo decisórios precisam se voltar para ações sociais, de defesa da diversidade, da equidade de gênero, racial, de ações de transparência de dados, de diálogo com o setor público, com movimentos sociais, entidades de bairro, se quiserem continuar atrativas para investidores”.

 

O que você achou desse conteúdo?