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Cooperativas geram renda e emprego para as famílias
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Cooperativas geram renda e emprego para as famílias

| Interior e RMF | A cajucultura encontrou solo fértil no trabalho das cooperativas cearenses e tem impacto na geração de vagas de emprego e manutenção de renda das famílias
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Beneficiamento na Central de Cooperativas Copacaju (Foto: Divulgação Copacaju)
Foto: Divulgação Copacaju Beneficiamento na Central de Cooperativas Copacaju

A cajucultura também tem mais um importante papel no Ceará que é o de geração de renda e empregos. Muitas famílias trabalham na colheita e beneficiamento dos produtos, especialmente na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) e interior do Estado.

Com isso, é fácil encontrar cooperativas nos polos produtivos, como no caso de Pacajus, a Central de Cooperativas Copacaju que atua em oito municípios, desde 2007. Hoje, reúne sete cooperativas e uma mini fábrica, com 443 famílias atuando, com capacidade produtiva de 30 mil quilos por mês de amêndoa de castanha de caju.

O presidente da Copacaju, Raimundo Pereira, ressalta que eles são uma cooperativa de segundo grau, central de cooperativas com CNPJ, e já vendem direto para o comprador. Entre os principais clientes estão a rede de supermercados BIG e empresas italianas. Pretende aumentar para dois países, um deles é Portugal, até fim do ano. Ásia está entre as possibilidades, pois visitaram o Estado.

"Após o acesso ao investimento do Projeto São José fizemos uma melhora na fábrica e recente tivemos acesso a um capital de giro que foi muito interessante para o pagamento de taxas no mercado nacional. O nosso maior gargalo é o acesso ao crédito", detalha.

Ele explica que as vendas internacionais são mais vantajosas pois eles recebem cerca de 50% no pedido e o restante na entrega. Já nas encomendas nacionais só recebem após 21 dias da entrega da mercadoria. Em 2021, faturaram R$ 7 milhões e a expectativa para este é aumentar entre R$ 2 e 3 milhões. "Hoje vendemos em torno de 75% para o mercado nacional, queremos inverter esse percentual para o estrangeiro", direciona o presidente da Copacaju.

Pereira destaca ainda a preocupação que a Copacaju tem em trabalhar de acordo com as práticas de ASG, pautadas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos pela Organizações das Nações Unidas. Além da questão social para erradicação da pobreza e da fome, utilizam recursos socioambientais no dia a dia do trabalho.

Já em Chorozinho funciona a Cooperativa Regional De Produção Agroindustrial Luiz Carlos (Coopalc) que atende 68 famílias dos assentamentos de Chorozinho, Ocara, Russas e Jaguaruana. Lá eles trabalham o melhoramento da qualidade da produção e processamento dos produtos advindos do pedúnculo e da castanha de caju.

"Há cerca de quase dois anos estamos fazendo investimentos oriundos do Projeto São José e investindo nos cajueiros-anão precoce dentro dos assentamentos de Ocara, Russas e Jaguaruana para a produção chegar até à indústria", diz o presidente da Coopalc, Francisco Carlos.

Ele também sentiu alguns impactos da macroeconomia, mas já estão de olho na ampliação das oportunidades do caju, como o beneficiamento da cajuína, que deve começar em torno de 60 dias, e irão aproveitar, ainda a carne do caju. (Carol Kossling)

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