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A soma de família mais trabalho pode ser igual a sucesso
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A soma de família mais trabalho pode ser igual a sucesso

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ESCRITÓRIO Dilavor tem no comando o pai João e as filhas Rosita e Emanuelle (Foto: Thais Mesquita)
Foto: Thais Mesquita ESCRITÓRIO Dilavor tem no comando o pai João e as filhas Rosita e Emanuelle

Confiança, companheirismo, ética e comprometimento. Valores primordiais para relações afetivas e que se consolidaram como pilares defendidos na Dilavor Soluções Contábeis, em Fortaleza.

Fundado em 1999 por João Dilavor, a empresa representou o recomeço da família paraibana na Terra do Sol. "Comecei a empresa pelo empreendedorismo de necessidade mesmo e aos poucos fomos conquistando clientes e nos consolidando dentro e fora do Ceará e, ainda no começo, minha filha Rosita começou a me ajudar e foi aí que trabalho e família se misturaram", comenta João.

Atualmente, é comandada por Rosita e Emanuelle Dilavor, enquanto diretoras do escritório. "É uma empresa familiar e eu me orgulho muito de reafirmar isso", pontua Rosita ao mencionar que alguns profissionais e empreendedores rejeitam tal definição.

Ela era estudante de história, quando, de tanto ajudar o pai no escritório, conquistou o título de primeira funcionária da empresa ao ingressar no curso de Ciência Contábeis. "Atuo na área há 22 anos, e digo sempre, trago todos os valores que aprendi com minha família para minha atuação profissional", afirma.

Entre os pontos positivos, Rosita destaca que o choque de gerações na gestão da empresa a impulsiona. Desde questões relacionadas à inovação até práticas de gerenciamento da cartela de clientes. "Somos pessoas diferentes, mas unidas pelo carinho, amor, comprometimento e isso gera uma identificação de nossos clientes com a gente e aumenta ainda mais a credibilidade de nosso trabalho", pontua.

As vantagens pessoais incluem o apoio incondicional para lidar com adversidades, tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Diante da forte conexão entre pai e filhas e trabalho, João expressa o sentimento de orgulho e gratidão. "É algo muito bom, tenho a certeza de que quando chegar minha hora elas irão tocar a empresa e fazer ela crescer ainda mais. É uma satisfação muito grande", comenta.

Emanuelle, a segunda a ir trabalhar no escritório, chegou a atuar oito anos como professora de educação infantil antes de decidir mudar de área e se tornar advogada. Responsável pela parte jurídica da empresa, ela afirma que não se imagina mais fazendo outra coisa. "Comecei arquivando papel, fazendo compras, contas, ajudando de toda forma, de baixo mesmo, e fui gostando e decidi sair da pedagogia", relata.

Ao destacar o perfil sonhador, empreendedor, criativo e persistente do Pai, Emanuelle revela grande admiração por João e reitera: "Ele é um referencial, de pai, de pessoa, de profissional, dificilmente não seríamos influenciadas por isso e para seguir no mesmo caminho que ele", afirma.

"No começo era muito mais difícil conseguir separar essas questões, mas aos poucos fomos aprendendo como lidar com isso e entendemos que não importa se numa discussão na empresa você ficou com vontade de chorar e super chateada, aquilo é trabalho, não é nada pessoal", afirma.

A estratégia é simples: não falar de trabalho fora da empresa, mas ainda assim, é desafiador, conforme complementa Rosita. "É difícil sair do papel de pai e entrar no papel de sócio, a gente acaba misturando um pouco as coisas, mas com diálogo, respeito e profissionalismo fazemos dar certo", comenta João.

A empresa possui 22 anos de experiência e atende clientes do setor industrial, de serviços, comércio e terceiro setor em ao menos cinco estados brasileiros. Para o futuro, João aposta em um investimento ainda maior em tecnologia e na reformulação de relações entre a empresa e os clientes. "Apesar da minha idade eu estou sempre incentivando a experimentação de novas ferramentas, programas, técnicas e espero que em breve possa dividir tudo isso com ao menos um dos meus netos", afirma.

A mãe, Rosita, reconhece a vontade do pai e avô e diz que se sentiria "muito orgulhosa" se um de seus filhos optasse por seguir uma carreira relacionada à tradição da família. "Nossas famílias e nossos clientes e suas famílias são nosso networking. A parte técnica precisa estar alinhada e avançando, mas porque não fazer isso de uma maneira familiar e amorosa?" (Alan Magno).

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