Erika Winz, de 40 anos, viu na dupla vocação para o turismo (área em que tem formação superior) e para o marketing digital a possibilidade de trabalhar dentro do conceito de anywhere office.
"Trabalhei minha vida toda na área turística. Estou há 20 anos nela, por muito tempo de forma física, mas dentro da minha profissão eu fui migrando para oportunidades digitais. Hoje eu trabalho com a parte de marketing digital voltada para o turismo. Para todos os clientes que eu pego, a principal coisa que eles precisam saber é que eu não preciso estar presencialmente para prestar o meu serviço. Então, ao longo dos últimos quatro anos eu venho trabalhando nessa digitalização do meu trabalho. Com a pandemia isso se acelerou", destaca.
Sobre o país que escolheu como base para esse novo estilo profissional e de vida, Erika avalia que "Portugal hoje vive uma onda do digital que o Brasil viveu há cinco anos. Por outro lado, é um local muito procurado por pessoas vindas de outras partes da Europa que estão indo pra fazer o seu escritório nômade. Então, o lugar em si ainda está vivendo o auge da do marketing digital, da digitalização das plataformas, mas, ao mesmo tempo, atrai profissionais do mundo inteiro por ser um país mais quente e mais amigável na comparação com outro países europeus".
A mãe dela também seguiu seus passos rumo ao anywhere office, embora atuando como professora e consultora. O irmão também trabalha na Europa, embora esteja mais próximo do conceito de nômade digital, estando atualmente na República Tcheca. "Ele precisa estar fisicamente em determinados lugares, mas, ao mesmo tempo, vive com a mochila nas costas e parte do seu escritório nela", define.
De férias em Fortaleza com a mãe, após nove meses sem voltar à terra natal, Erika afirma que deseja vir com frequência, pelo menos, semestral, ao Brasil, onde tem muitos clientes. Alguns deles, estão à procura de morar em Portugal e, assim como ela, viver com um pé aqui e o outro na Europa.