Após oito anos fora do Mapa da Fome da ONU, o País retornou à ingrata lista em 2022, com cerca de 33 milhões de pessoas famintas.
Já em condição de pobreza, viviam 29,62% da população brasileira, segundo os dados mais recentes aferidos pela Fundação Getúlio Vargas, que são de 2021. Um ano antes, por conta do Auxílio Emergencial destinado a famílias afetadas pela Covid-19, esse índice era de 25,08%, menor patamar desde 2015.
"A pobreza aumentou muito nesses últimos anos por causa da pandemia, do desemprego causado por conta da paralisação das atividades econômicas. Então isso é um problema que nós vamos ter que enfrentar também no próximo ano porque vai ter que continuar o Auxílio Brasil, mas com algumas restrições que impeçam as pessoas de se endividarem mais ainda e ficarem mais pobres", defende Cláudio Considera.
Para superar esse quadro, segundo Silvana Parente, o presidente a ser eleito vai precisar adota "políticas de combate à pobreza de duas naturezas: uma de caráter assistencial, por meio do Auxílio Brasil; outra por meio de acesso à educação, à saúde e, sobretudo, à geração de oportunidades".
A propósito, embora os dois candidatos à Presidência da República tenham garantido que vão manter o valor de R$ 600 do Auxílio Brasil sem haver previsão orçamentária para 2023 e sem que tenham explicado como vão fazer isso.
Em não sendo sanada essa questão, a redução desse valor para R$ 400 vai gerar queda de renda entre os beneficiários do programa.