Apresentando ligeira tendência de redução ao longo dos primeiros nove meses de 2022, a dívida líquida do Governo Federal em relação ao PIB tem oscilado em torno de 60% e é outro desafio a ser enfrentado pelo presidente a ser eleito hoje.
Para Silvana Parente, "a medida de se reduzir o preço dos combustíveis com a redução de impostos federais e estaduais gerou mais desequilíbrio nas contas públicas da União e de outros entes federativos, afetando também a qualidade dos serviços públicos, mais voltados para a população que mais precisa".
Ela disse acreditar que para 2023, "a dívida pública está sob controle por conta do próprio teto de gastos, por conta do aumento da receita gerada pela própria inflação. O que importa é o custo dessa dívida, que é muito alto por conta dos juros. Além disso, mais da metade do orçamento vai para pagar a dívida e não para a economia real".
Já Cláudio Considera vê com preocupação o rombo nas contas públicas. "Calcula-se que você tenha um buraco de R$ 400 bilhões. Então, você vai ter que cobrir isso no próximo ano ou reduzindo mais despesas ou tentando aumentar a receita e elevar impostos. O que significa que o panorama nesse aspecto é ruim", pontua.
Neste ano, por exemplo, houve aceleração dos gastos públicos que vão impactar nas contas da União, dos Estados e dos Municípios, tais como a exemplo da PEC 1/2022 e a definição do piso da enfermagem.