Tendo atingido um pico de 14,9% no 1º trimestre de 2021, auge da pandemia de Covid-19, as taxas de desemprego vêm numa trajetória descendente desde então e chegaram a 8,9% no 2º trimestre deste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com dados mensais consolidados até setembro o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) o que pôde ser observado neste ano foi um saldo mínimo de 94,3 mil em março novos postos gerados, logo após um saldo máximo de 341,6 mil em fevereiro, mas com patamar sempre acima de 200 mil, a partir de abril.
Por outro lado, o rendimento médio, após atingir máxima de R$ 3.020 no 2º trimestre de 2020 e mínima de R$ 2.586, no 4º trimestre do ano passado, avançou para R$ 2.713 no 2º trimestre deste ano. Ou seja, segundo os analistas ouvidos por O POVO a redução brusca do desemprego não veio acompanhada de uma recuperação plena da renda.
"Você tem empregado muita gente no setor de serviços, que exige menos qualificação das pessoas, mas, por outro lado, paga salários menores", observa Cláudio Considera. O presidente a ser eleito tem como desafio nessa área gerar mais empregos na indústria, por exemplo.
Já Silvana Parente defende que o financiamento dos micro e pequenos empreendimentos é fundamental para gerar mais emprego e melhorar a renda, "sobretudo, dos jovens