Tendo registrado deflação no 3º trimestre, mas acumulando uma alta no ano de 2022, já acima do centro da meta, a pressão inflacionária é outro tema que deve preocupar o presidente a ser eleito logo mais. A previsão é de que a inflação feche em 5,8% neste ano e em 5,6% no próximo ano, acima do teto da meta estabelecido pelo Banco Central.
Segundo Cláudio Considera, embora ela tenha caído entre julho e setembro, a inflação ainda está muito alta. "A redução do preço dos combustíveis foi a principal razão para isso, para ela vir caindo. Tem se falado em deflação, mas nós temos uma inflação ainda para o restante do ano. As prévias de outubro, por exemplo, já estão mostrando um crescimento da taxa da inflação", exemplifica.
Nesse sentido, vale ressaltar que há represamento de preços feito pela Petrobras em relação ao preço internacional do petróleo a pressionar por uma nova alta da inflação.
Por sua vez, Silvana Parente, lembra que a inflação em 2022 chegou a patamares elevados ocasionada também por choques de oferta e não por aumento de demanda. "As medidas que o governo tomou pra conter a inflação foram ancoradas no aumento da taxa básica de juros, a Selic, que chegou ao pico de 13,75% em agosto e tem permanecido assim", pontuou.