Apesar do resultado do PIB em 2022 ter surpreendido positivamente os economistas, o cenário para 2023 é mais desafiador.
Na avaliação de Cláudio Considera, mesmo as previsões para o crescimento brasileiro neste ano estão superestimadas, considerando as perspectivas do 4º trimestre.
"O PIB esse ano deve fechar em torno de 2%. As previsões de crescimento de 3% ou mais do que isso, são exageradas. Para o próximo ano, não tem nenhuma razão para a economia voltar a crescer porque você tem uma restrição causada pela guerra e pela crise econômica no resto do mundo", avalia.
Para Silvana Parente a perspectiva de crescimento da economia depende também do resultado das eleições. "Qualquer que seja o governo vai enfrentar um duro desafio e reestruturar as políticas econômicas, para além da política monetária ou do ajuste fiscal", analisa.
Ela reforça que o presidente eleito "também deverá rever políticas setoriais para que a economia volte a crescer com sustentabilidade, com inclusão e em direção a um estado de bem-estar social, que é o que todos desejam".