Um dos pontos que pode trazer um pouco de alívio para quem for escolhido para governar o Brasil entre 2023 e 2026 é a taxa básica de juros, a Selic.
Tendo atingido a mínima histórica em agosto de 2020, de 2% ao ano, patamar no qual permaneceu até março de 2021, o indicador iniciou um rápido processo de elevação, a partir de então e atingiu um pico de 13,75% em agosto deste ano, tendo sido mantida essa taxa nas duas reuniões mais recentes do Comitê de Política Monetária (Copom).
As previsões do mercado para o próximo ano, contudo, são de novo movimento de queda. Em 2023, as estimativas são de que ela chegue a 11,25% ao ano. "Uma redução gradual da taxa de juro é fundamental. Com essa taxa de juros atual, não pode haver desenvolvimento com inclusão", enfatiza Silvana Parente.
"Outra questão é como fazer com que o sistema financeiro nacional se volte para a produção, para o lado real da economia e não apenas como um fim em si mesmo", questiona a presidente do Corecon-CE.
Nesse sentido, Cláudio Considera afirma que "isso contribui para reduzir as vendas de produtos comprados a prestação, que são os bens duráveis de consumo. A taxa de juros alta atrapalha a economia por aí também".