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Luiza Santos: a empreendedora por trás das longas filas por um pratinho
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Luiza Santos: a empreendedora por trás das longas filas por um pratinho

Cozinheira largou a lanchonete para vender pratinho na rua e hoje tem filas gigantescas diariamente na Beira-Mar
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Pratinho da Madrugada atrai centenas de pessoas todas as noites na Beira-Mar de Fortaleza (Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal Pratinho da Madrugada atrai centenas de pessoas todas as noites na Beira-Mar de Fortaleza

Um carrinho de comida de rua tem feito sucesso no calçadão da Beira-Mar, em Fortaleza, trazendo longas filas e impressionando pelo tamanho do prato oferecido com preços de R$ 15 a R$ 25. Esse é o "Pratinho da Madrugada", criado pela cozinheira Luíza Santos, que largou uma lanchonete que tinha há oito anos para vender pratinho na rua.

Por dia, são vendidos, em média, entre 300 e 350 pratinhos entre às 20 horas e meia-noite. No fim de semana, o movimento dobra, diz a empreendedora.

A proposta é bem simples: cada cliente escolhe o tamanho do seu prato e vai montando a marmita. São 11 opções de guarnições e quatro de carne para escolher. O local também tem opção de sobremesa e bebidas para acompanhar a refeição.

Ao ver a variedade de opções e a fartura do prato, além do preço acessível, nota-se o porquê do tamanho sucesso. Tem arroz branco e à grega, baião, farofa, feijão tropeiro, escondidinho de carne do sol, creme de galinha, vatapá, suflê de frango, salpicão e macarrão. E nas proteínas há carne do sol trinchada, calabresa, linguiça toscana e filé de frango.

O Povo foi conversar com a empreendedora para entender melhor o negócio e a logística de preparação e distribuição dos pratos. Confira a entrevista:

O POVO - Como foi que começou o negócio e como chegou a esse sucesso com o Pratinho da Madrugada?

Luiza Santos - Há oito anos eu tinha uma lanchonete, aí acabei com ela e resolvi vender pratinho lá no meu bairro. Depois passei a vender em frente o Theatro José de Alencar, depois na Lagoinha, em seguida fui para o RioMar Papicu, quando ainda estava em construção, aí de lá nós viemos para cá (na Beira-Mar). Sempre fiz tudo com muito amor e o pessoal sempre gostou. O sucesso começou quando uns influencers apareceram e fizeram propaganda, e aí o negócio foi ficando conhecido. Depois outros vieram e acabou virando sucesso. Hoje eu já estou com 72 mil seguidores e está bombando.

OPOVO - Como foi sustentar o negócio durante a pandemia?

Luiza Santos - Na pandemia eu já estava vendendo aqui na Beira-Mar, aí fechou tudo e a gente começou a vender lá no bairro. Foi difícil, mas eu vendia muito. Eu tinha quatro motoqueiros e tinha muita entrega, inclusive aqui para o Meireles. Não foi muito fácil, mas acho que a gente conseguiu se sair bem desse período.

OPOVO - Quantos pratinhos você vende por dia e como funciona a operação da montagem dos pratos?

Luiza Santos - Na semana a gente vende uns 300, 350 pratinhos, agora no final de semana é o dobro, mas todo dia vende muito bem. Aqui a gente tem pratinho de R$ 15, R$ 19, R$ 22 e R$ 25, e são 15 opções, e é por isso que o povo gosta. São três atendentes, aí o cliente chega com o pratinho e elas vão colocando tudo de acordo com o que o cliente quer, se quer completo ou se quer tirar alguma coisa que não gosta. As vezes a fila tá enorme e demora, não tem jeito, tem gente que passa uma hora e espera, nunca ninguém desistiu, quando chega aqui diz que vale a pena.

OPOVO - E quais os planos para o futuro com o Pratinho da Madrugada?

Luiza Santos - Aqui a gente não pode ampliar porque o tamanho é um padrão certo, mas eu pretendo colocar carrinho em outro bairro, talvez em uma pracinha. Aqui na praia a gente já tem um e não pode mais ter outro, mas talvez no Parque Rachel de Queiroz. Mas o pessoal pede muito, "tia, bote em outro canto", mas meu filho, é uma luta.

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