Logo O POVO+
Carnaval inicia com chuva em mais de 100 cidades do Ceará; confira previsão
DOM

Carnaval inicia com chuva em mais de 100 cidades do Ceará; confira previsão

Cariús e Várzea Alegre, na região do Cariri, registraram acumulado de mais de 100 mm. Em Fortaleza, máxima registrada neste sábado, 1º, foi de 36,2 mm
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
EM FORTALEZA, o maior acumulado foi de 36,2 mm (Foto: Samuel Setubal
)
Foto: Samuel Setubal EM FORTALEZA, o maior acumulado foi de 36,2 mm

O Carnaval no Ceará começou com chuvas em 113 municípios do Estado. Na região do Cariri, o acumulado ultrapassou os 100 mm, entre as 7 horas de sexta-feira, 28, e as 7h deste sábado, 1º, nos municípios de Cariús (118 mm) e Várzea Alegre (110 mm).

Em Fortaleza, o maior acumulado foi de 36,2 mm, no posto Água Fria. Os dados são de balanço parcial da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), atualizado às 11h30min.

Na noite dessa sexta-feira, 28, a Defesa Civil de Fortaleza emitiu um alerta de chuvas intensas para a Capital e Região Metropolitana de Fortaleza, que foi atualizado e deve durar até às 9 horas de domingo, 2.

Confira os 10 maiores acumulados deste sábado, 1º

  • Cariús (Posto: Cariús): 118 mm
  • Várzea Alegre (Posto: Canindezinho): 110 mm
  • Várzea Alegre (Posto: Boa Vista): 101 mm
  • Fortim (Posto: Fortim): 85 mm
  • Pindoretama (Posto: Pindoretama): 84 mm
  • Várzea Alegre (Posto: Riacho Verde): 83 mm
  • Jucás (Posto: Jucás): 75 mm
  • Viçosa do Ceará (Posto: Manhoso): 58 mm
  • Ararendá (Posto: Ararendá): 53 mm
  • Varjota (Posto: Dipan - Escritório do Dnocs): 52 mm

Veja a previsão para o 1º fim de semana de março

Imagens de satélite revelam a presença de nebulosidade em grande parte do Ceará. A previsão indica condições de chuva em todas as macrorregiões cearenses até segunda-feira, 3 de março.

Conforme a Funceme, no domingo, 2, os maiores acumulados são esperados na faixa litorânea, nas regiões serranas (Ibiapaba e Maciço de Baturité) e no sul do Estado.

Nas demais regiões, as chuvas devem ocorrer de forma isolada e passageira. Já na segunda-feira, 3, o centro-norte do estado deve registrar chuvas isoladas, enquanto os maiores volumes de precipitação devem se concentrar no centro-sul do Ceará.

Prognóstico da quadra chuvosa no Ceará

Eduardo Sávio Martins, presidente da Funceme, comenta as probabilidades esperadas para o trimestre de março a maio no Estado. O cenário previsto indica uma probabilidade de 45% para chuvas em torno da média, 30% para precipitações abaixo da média e 25% para chuvas acima da normal climatológica.

“O mês de fevereiro ficou conforme a previsão emitida em janeiro, ou seja, com chuvas em torno da normal ou acima dela na porção mais ao norte, enquanto as regiões do interior e do sul do Estado apresentaram chuvas abaixo da média”, explica Martins.

Para os próximos meses, o padrão de distribuição das chuvas no território cearense deve se manter, com maiores volumes na porção norte e condições menos favoráveis para o centro-sul do Ceará. (Colaborou Marcela Tosi)

Defesa Civil de Fortaleza atende 13 ocorrências em 12 horas

Entre as 19 horas de sexta-feira, 28, e as 7 horas deste sábado, 1º de março, a Defesa Civil de Fortaleza atendeu a 13 ocorrências. O órgão afirma que as equipes estão trabalhando em diversas áreas da cidade e avaliando a situação das comunidades residentes no entorno dos recursos hídricos.

Durante o plantão noturno, foram atendidos:

  • seis riscos de desabamento, nos bairros Amadeu Furtado, Bela Vista, Centro, Cidade dos Funcionários e Parque Manibura (2);
  • quatro inundações no bairro Alto da Balança;
  • uma abertura de cratera em via pública, na Parangaba;
  • e dois desabamentos, na Aerolândia e no Jangurussu.


Em ambos os casos de desabamento, os imóveis foram interditados após queda parcial de suas estruturas. Segundo a Defesa Civil, as famílias foram retiradas em segurança e encaminhadas para o aluguel social.

Ocorrências em fevereiro


No primeiro mês da quadra chuvosa no Ceará, a Defesa Civil de Fortaleza atendeu a 316 ocorrências. Mais de um terço dos atendimentos (118) se deu entre 19 horas de quinta-feira até as 7 horas desta sexta-feira.

Nesse período, de acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a Capital registrou a 9ª maior chuva de sua série histórica.

Foram atendidos 115 alagamentos, distribuídos em bairros como Conjunto Palmeiras, Passaré, Jangurussu, Messejana e Itaoca. Também foram registrados dois desabamentos em Messejana e Passaré, além de um risco de desabamento no bairro Vila Pery.

Defesa Civil alerta para cuidados durante o período chuvoso no Ceará
Em caso de qualquer risco, a Defesa Civil de Fortaleza deve ser acionada via Ciops, através do número 190. Os agentes trabalham em regime de plantão 24h para atender às demandas da população.

Diante das chuvas intensas no Estado, a Coordenadoria da Defesa Civil do Estado do Ceará (Cedec), do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE), alerta para alguns cuidados.

Entre as principais recomendações está a inspeção das estruturas de residências e estabelecimentos comerciais. É fundamental manter calhas e canos desobstruídos para evitar infiltrações e danos estruturais.

Além disso, o descarte correto do lixo deve ser priorizado, garantindo que resíduos não sejam levados pela enxurrada, o que poderia comprometer a rede de escoamento e agravar enchentes.

Riscos elétricos e raios


Durante as chuvas, é necessário evitar contato com aparelhos conectados à rede elétrica, reduzindo o risco de choques em caso de descargas atmosféricas.

Permanecer em áreas abertas ou próximo a estruturas elevadas, como árvores e postes, também pode aumentar o perigo de ser atingido por um raio. Especialistas orientam que, em locais descampados, a melhor opção é procurar abrigo em construções seguras e evitar contato com objetos metálicos.

Segurança no trânsito

Motoristas que precisem trafegar por vias alagadas devem redobrar a atenção. A recomendação é manter uma distância segura do veículo à frente e avançar com velocidade reduzida, garantindo que o motor permaneça acelerado e acima do nível da água.

Caso a inundação seja severa, a melhor alternativa é procurar uma rota alternativa ou aguardar até que o nível da água diminua.

Segurança em áreas alagadas
Moradores de áreas com histórico de alagamentos devem manter móveis e objetos suspensos para evitar perdas materiais.

Também é indicado preparar uma bolsa com itens essenciais, como documentos e roupas, para facilitar uma evacuação emergencial.

Além disso, é importante identificar com antecedência um local seguro para se abrigar, seja na casa de familiares ou em locais disponibilizados pelo poder público. (Com Alexia Vieira e Fabrícia Braga)

 

Barragem do Cocó, em Fortaleza, atinge maior nível desde março de 2024

 A barragem do Rio Cocó, em Fortaleza, atingiu 76,54% de sua capacidade, segundo o Portal Hidrológico da Secretaria de Recursos Hídricos do Ceará (SRH), atualizado neste sábado, 1º de março.

Atualmente, a barragem comporta 3,9 milhões de metros cúbicos (m³). O nível registrado neste sábado de Carnaval é o maior desde 18 de março de 2024, quando o reservatório alcançou 69,4% de sua capacidade de 3,54 hm³.

O vereador Gabriel Aguiar (Psol) chamou atenção para o nível atual, em publicação no Instagram. Ele alertou para a importância da segurança de comunidades próximas, como o Conjunto Palmeiras e o Jangurussu.

“Sabemos que chuvas fortes ainda virão e a cidade precisa estar preparada para o que pode acontecer”, escreveu o parlamentar em seu perfil. “Os órgãos de gestão da barragem e amparo as famílias precisam estar alinhados e com um plano de execução rápido e bem organizado”, defende.

Conforme prognóstico da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o trimestre de março a maio tem 25% de chance de chuvas acima do normal climatológico.

97 cidades cearenses têm alerta vermelho de chuvas intensas até sábado, 1º; ENTENDA

Em sua publicação, Gabriel Aguiar sinalizou que restariam 66 centímetros (cm) para a barragem sangrar. Às 16 horas deste sábado, o número era menor: 59 cm, segundo nota da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), que gerencia a barragem do Cocó desde a fundação, em 2017.

O órgão acrescentou que o nível do reservatório é monitorado três vezes por dia durante a quadra chuvosa: às 7 horas, 11 horas e 16 horas.

Os dados são compartilhados em tempo real com lideranças comunitárias da região e órgãos como a Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema), a Secretaria das Cidades e as Defesas Civis Estadual e Municipal.

A Cogerh também ressaltou que “atua exclusivamente na manutenção, operação e monitoramento do reservatório, não sendo responsável pelo monitoramento ou atuação em ocorrências de enchentes”.

A reportagem questionou à Defesa Civil de Fortaleza quais ações de prevenção e monitoramento são realizadas nas proximidades da barragem do Cocó. Esta matéria será atualizada quando receber a resposta.

“Sob a ótica da Segurança de Barragens, a Cogerh realiza rotinas de inspeção no açude, que não apresenta nenhuma anomalia que comprometa sua estrutura”, concluiu a nota da Companhia.

Ceará tem 5 açudes sangrando e 14 com capacidade acima de 90%; VEJA

Barragem opera com três comportas abertas

A barragem do Cocó serve, de acordo com a Cogerh, para amortecer cheias provenientes do escoamento dos rios Cocó e Timbó e de seus afluentes. Desde dezembro de 2024, as três comportas da barragem estão abertas, mantendo-na em seu volume de espera — o menor nível de água possível.

“Caso o volume de água recebido pelo reservatório ultrapasse sua capacidade de retenção, a barragem atingirá a cota do seu sangradouro, que é do tipo sem estrutura de controle, permitindo que a vazão para o rio ocorra sem possibilidade de intervenção operacional”, explicou a Cogerh.

Barragem sangrou em 2019 e complicou vida de cidadãos

No fim de fevereiro de 2019, durante precipitações chuvosas em ao menos 122 municípios cearenses, a barragem do Cocó não foi suficiente para evitar alagamentos no bairro Conjunto Palmeiras.

Moradores ficaram desabrigados e perderam diversos itens pessoais, como móveis, e até animais de estimação.

Então diretor de operações da Cogerh, Bruno Rebouças afirmou à época dos alagamentos que a barragem não pode conter 100% da água.

“A barragem faz um trabalho de contenção de cheia, mas também tem um limite. A água passa pelo sangrador, amortece parte da água, mas não tem capacidade de conter 100%. O que é certo é que se não tivesse a barragem, a inundação teria sido maior ainda”, afirmou ele.

Avenida em Pacatuba é interditada por risco iminente de desabamento

A avenida Senador Carlos Jereissati, localizada no município de Pacatuba, a 34,22 quilômetros de Fortaleza, foi interditada por risco iminente de desabamento na tarde da última sexta-feira, 28.

A informação foi divulgada pela prefeita da Cidade, Larissa Camurça, em seu Instagram.

“Essa avenida foi entregue e revitalizada ano passado pela gestão anterior, depois do inverno de 2024. O primeiro inverno que essa avenida é agora no inverno de 2025 e já mostra de forma agressiva que não está na forma adequada para passar por um inverno”.

Segundo ela, o trecho que era para ser sustentado por alvenaria de pedra, não foi feito da forma correta. "Foi feito com a sustentação da própria terra e água está levando e cedendo", afirmou.

Em nota enviada ao O POVO, a Prefeitura de Pacatuba informa que equipes técnicas já estão mobilizadas para a avaliar a extensão dos danos e "definir as intervenções necessárias para a recuperação da via no menor prazo possível".

"Pedimos a compreensão da população e reforçamos a importância de respeitar a sinalização e buscar rotas alternativas até a conclusão dos trabalhos. A Prefeitura seguirá monitorando a situação e fornecerá novas atualizações sempre que necessário".

Em relação à liberação do trecho, conforme o Executivo, ainda não há previsão devido à forte correnteza de água que passa perto da avenida, o que dificulta a averiguação do processo.

 

O que você achou desse conteúdo?