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Prefeitura entrega reforma do Pavilhão Atlântico, no Poço da Draga
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Prefeitura entrega reforma do Pavilhão Atlântico, no Poço da Draga

Durante cerimônia, o prefeito Evandro Leitão (PT) garantiu que moradores vão ter participação nas intervenções do espaço, após cobrança por inclusão
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 Prefeito Evandro Leitão entrega reforma do Pavilhão Atlântico no Poço da Draga (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA Prefeito Evandro Leitão entrega reforma do Pavilhão Atlântico no Poço da Draga

A Prefeitura de Fortaleza entregou, neste sábado, 5, a reforma do Pavilhão Atlântico e da Areninha do Poço da Draga. Durante cerimônia de entrega, o prefeito Evandro Leitão (PT) garantiu que moradores vão ter participação nas intervenções do espaço. Representantes do local reivindicam a inclusão em ações do tipo.

"É uma área simbólica para todos nós (...) Pra mim é um motivo de muita satisfação, é o começo de muito trabalho, de muitas entregas que vamos fazer em toda a Fortaleza", disse o gestor, na ocasião. 

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"Aqui no Poço da Draga nós vamos fazer uma forte intervenção (...) Tudo que nós formos fazer aqui nós vamos conversar com vocês, porque mais do que eu vocês conhecem a realidade daqui do Poço da Draga e é isso que podem esperar de mim", frisou o prefeito, se direcionando aos moradores.

O pavilhão vai contar com atividades esportivas, de lazer e artísticas. Além disso, o espaço comporta uma areninha, recebeu novo calçadão, iluminação, pavimentação das ruas do entorno, entre outras melhorias.  

De acordo com André Daher, titular da Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seinf), a intervenção, que integra o projeto da Praia de Iracema e foi herdada da gestão passada, estava "em ritmo lentíssimo". "Foram R$ 13 milhões investidos pra gente poder terminar esse trecho de obras", citou o secretário. 

Moradores reivindicam mais participação nas intervenções

Enquanto o prefeito cumpria os rituais de inauguração, retirando o véu da placa oficial e cortando a fita como gesto de inauguração do espaço, moradores se dividiam entre a empolgação e a apreensão. 

Débora Vasconcelos, 46, mora desde sempre na comunidade e há três anos atua como comerciante na região. "Aqui era um local abandonado, que ninguém vinha pra cá. (A reforma vai) melhorar bastante (as vendas), trazer turistas", destacou a vendedora, citando o espaço como polo de lazer. 

Esperança parecida carrega Isabel Cristina, 59, que enche a boca de orgulho para falar que é "nativa do território". Ela diz que enxerga a reforma como um "progresso", mas que deseja que os espaços sigam sendo ocupados por moradores e que eles possam ser incluídos em todas as intervenções. 

"Que a chave do pavilhão continue com o morador. O único espaço de lazer que a gente tem na comunidade é esse (..) Nós não somos contra o progresso, queremos participar desse progresso", diz. 

Cássia Vasconcelos, 41, conta que na gestão passada, do ex-prefeito José Sarto (PDT), os moradores chegaram a "opinar" em alguns momentos sobre a reforma, mas que a participação só aconteceu depois de terem reivindicado. Ela destaca a necessidade de maior colaboração dos populares em ações próximas.

"As coisas estão acontecendo sem a gente tá dentro e isso a gente não quer permitir (...) Nós queremos participar do processo, não existe plano e projeto sem a escuta do morador (...) A gente quer que seja algo participativo, porque você não pode entrar na casa de alguém e dizer o que quer fazer na casa da pessoa, sem saber de quem mora lá o que tá precisando", diz a articuladora social. 

No fim do evento, ela e demais moradores levaram a questão ao prefeito. De acordo com o grupo, Evandro alegou não saber de situação e prometeu incluir comunidade em todas as decisões tomadas para a área. 

O prefeito falou sobre assunto na coletiva de imprensa realizada ao término da cerimônia: "Nosso objetivo é fazer uma forte intervenção nessa área. E pra isso acontecer nós vamos escutar sim toda a população da região, pra saber qual o conceito que eles querem de moradia, de moradia em comunidade, para isso é importante que a gente faça essa busca ativa, pra que gente possa tá escutando, pra que a gente possa fazer o que é bom pra eles". 

 

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