A deputada estadual Melissa Hortman e seu marido, Mark Hortman, foram mortos a tiros na residência do casal na região metropolitana de Minneapolis, no estado norte-americano de Minnesota.
Em outra ação, o senador John Hoffman foi atingido por vários disparos. Ambos os parlamentares são do partido Democrata. O autor dos disparos cometeu as ações disfarçado de policial.
Os dois casos ocorreram em meio a profundas divisões políticas nos Estados Unidos e horas antes de dezenas de milhares de pessoas saírem às ruas em protesto contra as políticas do presidente republicano Donald Trump. A polícia de Minnesota pediu aos moradores que não comparecessem ao protesto marcado para ontem.
A distância entre os locais dos ataques é de aproximadamente 15 minutos de carro. O autor dos ataques, realizados com um intervalo de 90 minutos, continua foragido, informou a polícia. A polícia de Minnesota e o FBI estão realizando investigações para captura-lo.
Na casa da deputada, os policiais encontraram o suspeito dos crimes, que acabou fugindo após troca de tiros. No carro do homem os policiais encontraram uma lista contendo nomes de várias autoridades que seriam vítimas de novos ataques.
Mark Bruley, chefe de polícia de Brooklyn Park, Minnesota, afirmou que o suspeito "claramente se passou por um agente policial, utilizando a confiança que a farda e o distintivo conferem para entrar na casa".
Seu carro "parecia exatamente um veículo policial" e o suspeito "usava um colete com uma arma de choque e outros equipamentos", acrescentou.
O governador do estado, Tim Walz, afirmou, em coletiva de imprensa, que os atentados foram "um ato de violência política direcionado". "Nosso estado perdeu uma grande líder, e eu perdi amigos queridos. Melissa serviu aos cidadãos de Minnesota com compaixão, humor e senso de serviço. Ela acordava todos os dias determinada a tornar este estado um lugar melhor. Ela é insubstituível e vamos sentir sua falta”, disse Tim Walz.
Na Casa Branca, os ataques também estão sendo vistos como de motivação política. Em comunicado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu punição aos envolvidos no caso. "Essa violência horrível não será tolerada nos Estados Unidos da América", afirmou o republicano.
Os ataques ocorreram horas antes de Trump liderar, à tarde, um desfile militar, o primeiro em 30 anos na capital. O desfile coincidiu com o Dia da Bandeira e comemora oficialmente o 250º aniversário da criação das Forças Armadas dos Estados Unidos. (Com AFP)