A Prefeitura de Fortaleza deu início ao “Dia D” da vacinação antirrábica, na manhã deste sábado, 4. A ação deste sábado ocorre nas regionais de saúde 1, 3 e 5 e vacina os cães e gatos entre as 8 horas e as 17 horas, em mais de 111 pontos de vacinação, distribuídos em 28 bairros.
A campanha, iniciada no dia 1º de outubro, segue realizando atendimentos até o dia 30 de novembro. No dia 8 de novembro, o “Dia D” será realizado nas regionais de Saúde 2, 4 e 6.
Além dos dias D, Fortaleza conta com 9 pontos de vacinação, incluindo os boxs de zoonoses, que funcionam de segunda a sexta-feira, e o Centro de Controle de Zoonoses que realiza atendimentos durante a semana e aos fins de semana.
A campanha conta com aproximadamente 950 profissionais realizando o atendimento, incluindo cerca de 600 vacinadores. A expectativa da Prefeitura é vacinar cerca de 400 mil cães e gatos durante toda a campanha.
O público-alvo da vacinação são cães e gatos acima de 3 meses de vida, com exceções de fêmeas prenhes, animais doentes ou em recuperação. O imunizante garante a proteção por até 12 meses.
Josete Malheiros, coordenador de Vigilância em Saúde de Fortaleza, destaca que os vírus possuem uma alta taxa de mutação genética, por isso a vacina precisa ser reaplicada anualmente.
“A vacina deste ano já tentou identificar possíveis mutações gênicas que o vírus tenha sofrido do ano passado para cá. Com isso, a importância é justamente ter esse controle dentro de uma margem de segurança de imunização de rebanho dos animais domésticos que habitam conosco, principalmente os cães e os gatos”, explica.
Durante o evento, a secretária municipal da Saúde (SMS) de Fortaleza, Riane Azevedo, destacou que a Capital está há 22 anos sem registrar novos casos de raiva em humanos. De acordo com a titular da pasta, a campanha tem como objetivo manter a erradicação da doença.
“A raiva é uma doença fatal. O ser humano que contrai a raiva, ele tem uma mortalidade altíssima, praticamente quase 100%. Para evitar isso, só resta uma forma, é exatamente a gente vacinar os nossos cachorros, os nossos gatos para evitar que eles contraiam raiva”, avalia.
A secretária ressalta também a política de vacinação para atender abrigos e pessoas que possuem muitos animais domésticos podem realizar o agendamento da imunização. Nesses casos, as equipes de saúde serão deslocadas aos domicílios para realizar o atendimento.
Causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, a raiva provoca inflamação no cérebro e, se não for tratada a tempo, quase sempre leva à morte. A doença é transmitida aos humanos pela saliva de animais infectados, através de mordidas, arranhões ou até mesmo lambidas.
A vacinação é a estratégia mais eficaz de proteger tanto os animais quanto as pessoas.
O artesão Iderlan de Castro Matos, de 60 anos, levou o cachorro Maia, de três anos, para se vacinar no Polo de Lazer da avenida Sargento Hermínio durante o mutirão. Ele considera a vacinação como uma ação importante para garantir a saúde e o bem estar do companheiro animal.
“Isso aqui é a vida da gente. É um complemento da vida da gente. Se não fosse ele, era depressão, porque o bicho é bom. Todo ano a gente comparece por aqui ou na pracinha do Monte Castelo”, garante.
O vendedor ambulante Silvio levou o gato Valente, de dois anos, para ser imunizado. Ele conta que sempre faz questão de levar o felino para ser vacinado, justificando que o bichano faz jus ao nome. “É uma bondade ele ser vacinado, para não prejudicar ninguém. Ele é meio danado, aí para não perturbar ninguém eu vacino todo ano”, diz.
Além desses locais, a vacina antirrábica é ofertada durante todo o ano no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), no bairro Itaperi, das 8 horas às 17 horas, e nas Unidades de Vigilância de Zoonoses (UVZ).