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Campanha reúne famílias para atualizar vacinação na Cidade da Criança, em Fortaleza
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Campanha reúne famílias para atualizar vacinação na Cidade da Criança, em Fortaleza

Objetivo do evento foi aliar momentos de brincadeira e descontração em família com a vacinação de crianças e adultos
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Dia D da Campanha de Multivacinação 2025 aconteceu neste sábado, 18, na Cidade da Criança, no Centro de Fortaleza  (Foto: FÁBIO LIMA / O POVO)
Foto: FÁBIO LIMA / O POVO Dia D da Campanha de Multivacinação 2025 aconteceu neste sábado, 18, na Cidade da Criança, no Centro de Fortaleza

“Para ficar forte!”. Esse foi o motivo que Estrela Lourenço, 6, deu para tomar vacinas neste sábado, 18. A menina era uma das dezenas que ocupavam os brinquedos da Cidade da Criança, no Centro de Fortaleza, durante o evento do Dia D da Campanha de Multivacinação.

Estrela, que garante não chorar enquanto recebe o imunizante, diz ainda que ama tomar vacina. Ela foi levada pela tia Érica Rafaela Lourenço, 39, para aproveitar as atividades infantis e educativas planejadas para a data e atualizar a caderneta de vacinação.

Évina Caroline Lima Pereira, 30, também levou os dois filhos, Alice Wayne, 7, e Ethan Levi, 3, para brincar no parque e tomar os imunizantes pendentes.

“Só está faltando para ela a da gripe. Ele é que está com a da Covid pendurada”, disse. Moradores do bairro Autran Nunes, a família foi convidada pelo projeto de balé que Alice frequenta para participar do momento neste sábado.

Apesar do medo da agulha, Alice reconhece que precisa tomar vacina “para não ficar doente”. Évina também aproveitou a disponibilidade de vacinas voltadas ao público adulto para se imunizar. “Tento dar exemplo. Ela leva a furada, mas ela vê eu me furando também”, brinca.

“As mães e os pais têm uma preocupação muito grande com os seus filhos e muitas vezes descuidam um pouquinho deles mesmo. Então, hoje é um dia para a gente fazer esse lembrete para a família como um todo. Descaracterizar que a vacina é coisa só de criança. Na verdade, começa na criança, mas vai até o adulto e o idoso”, explica a secretária municipal da Saúde, Riane Azevedo.

Além do evento na Cidade das Crianças, a Prefeitura de Fortaleza abriu os 134 postos de saúde das 8h às 16h30 para ampliar o acesso descentralizado aos imunizantes. Todas as vacinas distribuídas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estão disponíveis nas unidades básicas. A Campanha de Multivacinação segue até 31 de outubro.

Confira todas as vacinas ofertadas:

  • BCG
  • Hepatite B
  • Penta (DTP/Hib/HB)
  • Poliomielite inativada
  • Rotavírus
  • Pneumocócica 10-valente (conjugada)
  • Meningocócica C (conjugada)
  • Meningocócica ACWY (conjugada)
  • Influenza
  • Covid-19
  • Febre amarela
  • Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
  • Varicela
  • DTP
  • Hepatite A

Conforme a SMS, mais de cinco mil crianças de até dois anos estão com uma ou mais doses atrasadas em Fortaleza. Entre os adolescentes, mais de 53 mil entre 9 e 14 anos precisam atualizar a carteira de vacinação.

Cobertura vacinal alta é necessária para combater surtos 

A porcentagem de cobertura vacinal influencia na proteção coletiva, não só individual. O secretário executivo de Vigilância em Saúde do Ceará, Antônio Lima Tanta, manter a população vacinada para vírus com alto potencial de transmissão é necessário para evitar surtos.

O secretário deu como exemplo o sarampo, prevenido pela vacina tríplice viral. No início de outubro, os estados do Maranhão, Mato Grosso e Tocantins registraram pacientes infectados por pessoas que vieram de outros países com a doença. O surto de 34 casos foi reconhecido pelo Ministério da Saúde (MS).

No Ceará, a cobertura da tríplice viral é alta, com mais de 95% da população alvo vacinada. Mesmo assim, o objetivo é elevá-la ainda mais, incluindo o reforço dado aos 15 meses de idade.

“É um vírus muito transmissível. Reconhecemos como Estado e como País a importância de você manter altas coberturas. Se você tiver um nicho, um grupo de pessoas que não estejam vacinadas, pode correr um risco importante. Porque o vírus encontra as cadeias de transmissão. Isso realmente é algo que às vezes é difícil de controlar”, explica.

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