Ao longo dos 30 anos de existência, o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) financiou o equivalente a R$ 224 bilhões na economia dos estados do Nordeste e norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. “O FNE é único instrumento efetivo de política pública que a região Nordeste tem para redução das desigualdades regionais através do crédito, promovendo a geração de emprego e renda”, avaliou Romildo Rolim, presidente do Banco do Nordeste (BNB), durante o XXIV Fórum Banco do Nordeste de Desenvolvimento, que acontece até hoje.
Com o tema “Mais Negócios, Novos Desafios”, o evento reúne estudiosos e gestores de instituições públicas e privadas para discutir empreendedorismo, tecnologias, infraestrutura, instrumentos de inclusão financeira e o futuro do agronegócio no Nordeste brasileiro, na sede do Banco do Nordeste (BNB), em Fortaleza. O fórum integra o aniversário de 66 anos do Banco e os 30 anos do FNE.
[SAIBAMAIS]Na solenidade de abertura, o presidente do BNB, Romildo Rolim, destacou os dois pilares que historicamente têm posicionado a instituição na liderança de seu mercado: o crédito de longo prazo e o microcrédito. “Dentro da ética, da conformidade, com integridade, então a gente cumpre nosso papel de banco de desenvolvimento da região”.
Fomentador do agronegócio, o BNB lançou há um mês a linha de crédito Agro Digital, que vai praticar a menor taxa de juros dentro dos programas do FNE, 5% ao ano, explica Luiz Sérgio Farias Machado, superintendente de Negócios de Varejo e Agronegócio do BNB. “Se considerarmos uma inflação projetada de 4%, teremos taxa de juros real de 1%, menor do que a taxa em países mais desenvolvidos”.
O programa visa financiar máquinas, veículos aéreos não tripulados (VANT) para monitoramento da produção e rastreamento dos animais, sistema de gestão para integrar o agronegócio do Nordeste às bolsas de valores e sistema de controle de vazão para a automação da água.
Atualmente, 54% de todo crédito rural que é aplicado na região Nordeste, norte de Minas Gerais e norte do Espírito Santo, advém do BNB, destaca Farias, que moderou o painel “O Futuro do Agronegócio”.
Apostando no desenvolvimento de infraestrutura, o BNB destinou em 2018 o valor de R$ 14,5 bilhões em investimentos. “Valor maior do que ano passado, que foi de R$ 3,6 bilhões. E a expectativa é que a gente supere essa marca”, prevê Helton Chagas Mendes, superintendente de Negócios de Atacado e Governo do BNB. O aumento do aporte vai gerar demandas para segmentos como indústria, comércio, serviço.
ESPECIAL
Veiculou ontem, encartado O POVO, o Especial FNE 30 anos do BNB. O material, disponível na versão digital, traz entrevista com o presidente do BNB, Romildo Rolim, apresenta dados sobre o FNE e as linhas de crédito. Além de retratar cases de empresas fomentadas pelos recursos do Fundo.