O Ceará está buscando ampliar a quantidade de elos da cadeia produtiva presente no Estado. Se o varejo já está bem consolidado, o desafio agora é atrair as indústrias. Algumas negociações já estão em curso e a expectativa é que pelo menos quatro plantas de produção de autopeças se instalem no Estado nos próximos dois anos.
"Nós estamos fazendo todo esforço possível para trazer para o Ceará o maior número possível de indústrias de autopeças, porque acreditamos que este é o caminho mais rápido para trazer e incentivar a vinda de uma montadora", afirma o presidente do sistema Sincopeças, Assopeças e Assomotos, Ranieri Leitão.
Hoje o Ceará já tem a Durametal produzindo tambores de freio e a Bastos Juntas fabricando juntas. Mas a ideia é trazer também fabricantes de bomba d'água, material de suspensão e motores. "Queremos pelo menos mais dez. Mas se trouxermos, a princípio, pelo menos umas quatro nos próximos 24 meses já está de bom tamanho. Vai gerar muitos empregos".
Ele diz que a conversa do governador do Estado, Camilo Santana (PT), junto a 12 fábricas nacionais começou há dois anos. Porém, por se tratar de um investimento alto, as negociações requerem um tempo para maturar.
O presidente da Câmara Setorial Automotiva, José Everton Fernandes, reforça, no entanto, que há todo um empenho em oferecer condições favoráveis para atrair as empresas para o Estado. "O que queremos é criar a ambiência necessária para trazer estas indústrias para cá. A gente começaria pelo setor de autopeças para depois seguir para os demais elos da cadeia".