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Guedes quer regra de militares simultânea à reforma da Previdência
Economia

Guedes quer regra de militares simultânea à reforma da Previdência

| FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL | Em sinalização diferente do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Guedes diz que as mudanças para militares virão com a reforma
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PAULO GUEDES falou sobre o futuro do Brasil no Fórum Econômico Mundial (Foto: Alan Santos/PR)
Foto: Alan Santos/PR PAULO GUEDES falou sobre o futuro do Brasil no Fórum Econômico Mundial

Por causa de uma questão técnica, a inclusão de militares na reforma da Previdência terá que ser feita por meio de um outro instrumento, mas será simultânea a das mudanças gerais que o governo pretende entregar logo no início do ano Legislativo.

Estas sinalizações foram dadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, ao sair de um almoço com investidores em Davos, em um evento paralelo a Fórum Econômico Mundial.

"Há um problema técnico. A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) é para quem está previsto que está na Constituição. Os militares têm que ser (por um instrumento) ordinário", explicou Guedes a jornalistas. Perguntado se, nos dois casos, as propostas seriam enviadas de forma conjunta, o ministro respondeu: "Se não for simultâneo, fica estranho".

Quando questionado no fim do almoço sobre se as propostas seriam conjuntas e de que forma, Guedes repetiu o que havia já dito quando saiu do evento em que participava anteriormente. "Os miliares são patriotas. Gostam dessa ideia de liderar, por exemplo", afirmou. Com a insistência sobre o assunto, disse que já tinha falado tudo o que precisava.

O ministro ainda foi questionado sobre uma fala mais cedo do presidente em exercício, Hamilton Mourão, que descartou a privatização imediata dos Correios. Para ele, "por enquanto" a privatização não ocorrerá. Guedes apenas respondeu: "Vamos ver".

O ministro ainda participou ontem de um almoço para investidores promovido pelo Bank of America. De acordo com um participante, Guedes não disse nada muito diferente do que já vem falando nos outros dias do Fórum.

As principais perguntas dos foram sobre a viabilidade da reforma da Previdência no Congresso, prioridades do governo e a possibilidade de participação dos estrangeiros no processo de privatização no Brasil.

Em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), ele deixou ontem o hotel onde estava hospedado em Davos, na Suíça, para o Fórum Econômico Mundial, e retorna ao Brasil. O ministro da Economia, Paulo Guedes, também voltou na comitiva do presidente.

Apesar da grande expectativa, Bolsonaro e Guedes não deram nenhuma entrevista coletiva à imprensa. Eles tinham um compromisso marcado ontem, mas cancelaram.

Ontem, a comitiva com o presidente seguiram para Zurique, depois para Las Palmas (Espanha), última escala antes de seguir para Brasília. O embarque do presidente da cidade espanhola estava previsto para 22h50min (hora local).

Antes de deixar a Suíça, o presidente disse que, com a colaboração do Congresso Nacional, há condições de implementar no Brasil as medidas anunciadas por ele durante o encontro. Ele apelou para que Câmara e Senado apoiem o governo federal.

Bolsonaro também fez um balanço positivo da participação brasileira no fórum. Segundo ele, há um clima de otimismo entre líderes políticos e empresários estrangeiros. "Fui procurado por vários líderes e empresários. Todos interessados no Brasil", ressaltou. "O Brasil é visto com muito carinho." (Com Agências)

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