A saída de coreanos de Cumbuco é acompanhada pela entrada de investimentos de outras frentes. Comerciantes locais informaram ao O POVO que empresários de outras nacionalidades voltaram a apostar no comércio local, que, aos poucos, dá sinais de recuperação após o fechamento de estabelecimentos que foram abertos pelos asiáticos.

Sócio de uma pousada, Paulo Granjeiro afirma que a praia tem atraído a presença de turistas holandeses, alemães e, em menor número, italianos. "Começaram a aparecer os europeus com a subida do kite surfe nesses últimos quatro anos. Consequentemente, mudou a cara do Cumbuco, que tá virando uma mini Jericoacoara", analisa. Ele lembra que a paisagem, na época de construção da CSP, era outra. "Eles (comerciantes coreanos) eram donos de quase todo o Cumbuco. De cada dez estabelecimentos, seis ou sete eram deles", lembra.

Para além dos pequenos negócios, a região da Caucaia também chama atenção de investidores como Giorgio Bonelli, proprietário do The Alchymist Beach Club, localizado em Jericoacoara. O empresário investe no Ecopark Boneville, um loteamento de alto padrão que deve abrigar, em breve, um hotel de luxo voltado, também, a executivos que vierem ao Ceará para negociar na região do Pecém.

"Não é um hotel que está perto da praia, mas terá uma boa piscina, grande, um pequeno spa e também um centro de eventos", idealiza o italiano. De acordo com ele, o projeto vai custar entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões e não deve se concretizar nos próximos dois ou três anos.

Lançado em 2015, a Cidade Cauype, assinada pela Luciano Cavalcante Imóveis e o arquiteto e urbanista Jaime Lerner, é outro investimento, localizado entre a praia do Cumbuco e o Complexo Industrial e Portuário do Pecém. Há lotes residenciais, que vão de 150 m² a 350m² de área, e comerciais e institucionais, de 2mil m² a 30 mil m².