O Ceará também pode avançar nas usinas eólicas offshore (no mar) e esportes náuticos. Conforme O POVO antecipou no dia 25 de fevereiro, a empresa BI Energia, do grupo italiano Community Power, deve investir 800 milhões de euros em parque eólico na costa de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

Isso porque o Estado concentra condições climáticas, ambientais e estruturais para receber esse modelo de geração de energia no País. Outro fator importante para a economia do mar avançar é o esporte náutico. Atrairia também mais turistas.

Além disso, os esportes náuticos têm sido a alternativa para jovens em situação de vulnerabilidade social. "O intuito é implantar a semente náutica no Estado. Temos um potencial enorme e não é explorado", explica Evelin Huttenlocher, psicóloga e voluntária "Vem pra Vela" e "É Sal", realizados pelo coletivo Humanauticos. O projeto atende 25 crianças a adolescente na Capital. Recentemente, recebeu investimento de R$ 350 mil da Enel via isenção fiscal, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte.

Outra questão necessária é movimentar o turismo por meio de navios transatlânticos no Porto do Mucuripe. E para dinamizar os diversos segmentos, setores solicitaram a criação de uma Câmara Setorial de Economia do Mar para a Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), a ser votada no próximo dia 14.

A ideia é ter uma maior articulação para melhorar a infraestrutura no Estado. Como a construção de rampas, lugares para guardar os barcos e uma marina (centro portuário de recreação usado por iates e botes). O presidente da Adece, Eduardo Neves, acrescenta "que o mar é uma das nossas maiores riquezas". "Hoje, nós importamos o atum e precisamos importar mais. É importante desenvolver com qualidade, conseguindo reduzir custo".