Com a incorporação do serviço de streaming da Netflix ao portfólio, a operadora de telefonia TIM projeta crescimento de 3% a 5% na receita deste ano ante 2018. A empresa aposta num hub (eixo) de entretenimento - adicionando filmes e séries ao pacote que já oferecia músicas e revistas - para concorrer com a líder no segmento pós-pago, a Vivo. As informações foram divulgadas durante coletiva de imprensa, ontem, no Rio de Janeiro.

Já os valores da negociação não foram revelados. "Queremos ser uma alternativa a Vivo. Somos uma empresa inovadora e temos margem para crescer", disse Pietro Labriola, CEO da TIM Brasil. O novo produto acirra a disputa com a concorrente, que tem parceira com a TV por assinatura Sky. A Oi também aposta no serviço com streaming próprio.

Para Pietro, o posicionamento antecipa o movimento do mercado e alcança mais consumidores. "Tem cliente que está na nossa base, mas os membros da família não estão. Não é apenas conectividade, tem o serviço", complementa.

O pacote chamado TIM Black Família varia de R$ 269, R$ 99 e R$ 499,99 por mês, permitindo o uso do titular e até cinco dependentes, de acordo com o plano contratado. Nele, estão inclusos a assinatura na Netflix, 60 GB a 180 GB de internet; aplicativo de música liberado (Deezer) e banca virtual com 100 revistas disponíveis.

A empresa não descarta parceiras futuras com outros entretenimentos. De acordo com Renato Ciuchini, gerente de Marketing e Consumo da TIM Brasil, o lançamento abre perspectivas para novas negociações. "Nasce com a Netflix, mas poderão vir outros", afirma. Ele acrescenta que, com a automatização dos atendimentos ao cliente, a TIM investiu em aplicativo para a gestão digital do plano, mas também em atendimento humano por meio de uma central para solucionar os problemas em uma ligação. A companhia não divulga dados regionais. (Bruna Damasceno, enviada ao Rio de Janeiro a convite da TIM)

Vídeo

Leia os detalhes do novo serviço e assista ao vídeo no O Povo Online

Perspectivas

Sobre a ineficiência do 4g e perspectivas do 5g no Brasil, o CEO da Tim, Pietro Labriola, disse que o "País precisa entender a importância de instalar uma estrutura digital". Também falou que o setor, assim como os demais, aguarda a aprovação da reforma da Previdência para falar sobre cenários positivos