A companhia aérea Cabo Verde Airlines incrementou a rota Fortaleza-Ilha do Sal (Arquipélago de Cabo Verde, na África) com nova frequência a partir do próximo 1º de julho, totalizando três voos para o destino. A viagem será operada em Boeing 757-200, com 18 assentos na classe executiva e 165 na econômica.
As informações foram divulgadas pelo site Panrotas. Os valores, no entanto, não foram revelados. O POVO não conseguiu contato com a empresa até o fechamento desta edição. Em entrevista ao portal, o executivo comercial da Cabo Verde Airlines, Josué Silva, falou sobre as apostas no Nordeste.
"Ao contrário das operações para Salvador e Recife, focadas no brasileiro que quer viajar mais em conta para a Europa, com direito a stopover (parada na cidade de conexão antes do destino final) de sete dias em Cabo Verde, as frequência de Fortaleza trazem mais passageiros africanos (senegaleses também utilizam o voo), muitos interessados em comprar para revender. O artesanato cearense é um dos principais focos da viagem", avaliou.
A meta da companhia é abarcar a demanda para a Europa com preços competitivos. Também em julho a empresa deve acrescenta Roma e Milão ao portfólio. "O stopover de até uma semana no Cabo Verde para quem sai do Brasil continua mantido, na ida ou na volta. E as conexões para Milão e Roma também serão imediatas", disse ao Panrotas.
Para o secretário do Turismo do Ceará, Arialdo Pinho, uma nova frequência sinaliza a consolidação do hub aéreo. "Estamos apenas com um ano (hub) e isso mostra um fluxo crescente. A política de divulgação está dando resultado", apontou.
Arialdo acrescenta que novas frequências estão por vir. "Para esse ano, as linhas já existentes devem aumentar a quantidade de voos", projeta, descartando novos destinos. Em dezembro, começa a operar a rota Fortaleza-Madrid. Serão dois voos semanais operados pela Air Europa, ligando a capital à cidade espanhola.
Na contramão deste cenário, a Copa Airlines encerrou os voos Panamá-Fortaleza, em julho passado, após um ano de operação. Em nota ao veículo, a companhia aérea informou que "a medida corresponde a uma decisão de negócios, uma vez que a rota não atingiu o desempenho necessário para garantir sua viabilidade econômica, em meio a um cenário macroeconômico desafiador".