Ao que tudo indica, há luz no fim do túnel para a continuidade das obras do Cinturão das Águas. Na última semana, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) divulgou aporte de R$ 1,28 bilhão para a continuidade de uma série de projetos federais. Ao O POVO, o MDR detalhou, por meio de nota, que R$ 60 milhões serão destinados às obras do Cinturão.

A pasta também divulgou que também estão garantidos mais R$ 37 milhões para o projeto. "O montante de R$ 97 milhões já foi empenhado pelo MDR nesta semana para regularizar os repasses", diz o texto.

Mas pelo que depender dos deputados que representam os estados que serão beneficiados com as águas do rio São Francisco, a batalha por mais investimentos não está perto do fim. No Ceará, o parlamentar Guilherme Landim (PDT) é um dos articuladores da Frente Parlamentar Interestadual em Defesa das Obras da Transposição.

O movimento enseja a união com deputados estaduais das Assembleias Legislativas dos estados Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, todos com obras referentes à transposição.

"Já que a obra está sendo feita em quatro estados, nada mais justo do que os quatro se unirem para cobrar juntos, já que todo mundo padece da mesma dor", esclarece Landim.

De acordo com o deputado, o balanço sobre as obras da transposição no Ceará é positivo, inclusive no tocante aos recursos garantidos pelo Governo Federal para a conclusão do projeto. O problema está no Cinturão das Águas.

Segundo o parlamentar, há trechos emergenciais das obras que já acumulam dívidas de R$ 40 milhões e necessitam de mais R$ 126 milhões para serem finalizados. "As águas do São Francisco podem chegar e só beneficiar os municípios de Penaforte, Jati, Brejo Santo, Mauriti e Barro, porque de lá a água não tem para onde ir sem o Cinturão das Águas, não terá como chegar ao Castanhão", explica. (Nut Pereira)