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Além dos números
Economia

Além dos números

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Lembro de já ter visto imagens de câmeras de ônibus, dessas circulando pelo WhatsApp, e de ouvir histórias sobre os assaltos diretamente aos passageiros, dentro dos coletivos. Vai diminuir, mas "o crime" não deixará de incomodar "nazária" para tomar celulares, carteiras, bolsas dos próprios passageiros. Sempre acontecerão no mundo real das periferias, apesar das estatísticas oficiais.

As empresas de transporte ainda precisam pensar em mais recursos também para a segurança dos usuários. Nem sei se a tarifa paga resguarda o cidadão como apólice de seguro - como em eventos, para eventuais perdas maiores. Acho que isso cabe no debate. Os R$ 3,60 de cada viagem, somados no mês, não é barato no bolso do assalariado. E custa também caro o risco de um assalto dentro do busão lotado. Num tiro, pode virar apenas outra estatística.

O autoatendimento nos ônibus parece já um caminho sem volta, assim como foi nas agências bancárias e em outras máquinas de diversos serviços espalhados na rotina da Cidade. Lembro recentemente de ter orientado estudantes de Jornalismo numa mentoria, quando fiz a avaliação de uma reportagem preparada por eles que apontava o desemprego como algo também presente nessa nova estrutura de funcionamento.

Trocadores estão participando de treinamentos para se habilitarem como motoristas de veículos pesados, Categoria D, ou como técnicos de refrigeração, para trabalharem nas oficinas que consertam os condicionadores de ar dos veículos. Logicamente, não haverá vagas para todos eles. Os assaltos e o desemprego são boas contagens para não se perder de vista nesse momento.

 

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