Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram a criação líquida de 10.177 empregos com contrato intermitente em junho, o maior volume desde que a modalidade foi criada.
De acordo com os dados do Ministério da Economia, o emprego intermitente registrou admissão total de 15.520 trabalhadores em junho, ao mesmo tempo em que houve 5.343 demissões.
Houve ainda a abertura de outras 1.427 vagas pelo sistema de jornada parcial. As duas novas modalidades foram criadas pela reforma trabalhista.
No geral, o mercado de trabalho brasileiro criou 48.436 empregos com carteira assinada em junho. O saldo decorre de 1,246 milhão de admissões e 1,199 milhão de demissões. Esse foi o melhor resultado para o mês desde 2013, quando foram criadas 123.836 vagas no sexto mês do ano. Em junho de 2018, houve fechamento líquido de 661 vagas, na série sem ajustes.
O resultado de junho ficou dentro do intervalo das estimativas de analistas do mercado financeiro, mas acima da mediana positiva de 35 mil postos formais. As estimativas iam de abertura de 11.186 vagas a criação de 60.000 vagas.
No acumulado do primeiro semestre de 2019, o saldo do Caged foi positivo em 408.500 vagas, o melhor desempenho para o período desde 2014, quando a abertura de vagas chegou a 588.671, na série com ajustes. Em 12 meses até junho, houve abertura de 524 931 postos de trabalho.
O número do mês foi puxado pelo setor de serviços, que gerou 23.020 postos formais, seguido pela agropecuária, que abriu 22 702 vagas de trabalho.
Também tiveram saldo positivo no mês a construção civil (13.136 postos), serviços industriais de utilidade pública (2.525 postos), extração mineral (565 postos) e administração pública (483 postos).
Já a indústria de transformação fechou 10.988 vagas em junho, enquanto o comércio teve fechamento líquido de 3.007 vagas no mês. (Agência Estado)