A pergunta sobre o local onde moro apareceu muito mais do que uma vez no meu aplicativo do Uber. Depois de algumas dezenas de repetições desse questionamento, finalmente me irritei e passei a não responder e, em geral, cancelar a viagem. Antes disso, eram os motoristas que costumavam apertar o botão de cancelar e partir em busca de outra viagem. O motivo alegado em alguns momentos era o perigo da região, ali para bem depois do Antônio Bezerra. Apesar da fama não corresponder à realidade, entendo quem associava a região a algumas outras conhecidas pelos índices de assaltos ou pela, já famosa, alerta para abaixar os vidros.

Contudo, a irritação permanece e prossigo nesse movimento de cancelar quem me faz essa pergunta. O que causa uma demora em um processo que poderia durar bem menos tempo, já que, por vezes, passo por bem mais do que um Uber antes de finalmente conseguir um que não me pergunte nada. Agora, pelo menos, a pergunta deve sumir do visor do meu celular. Entretanto, o receio de uma espera ainda maior para ir para casa também deve se tornar uma constante. Para mim, que já passo entre 30 minutos e 1 hora no Uber (pensando nos locais que mais frequento), pode se tornar bastante problemático.