Logo O POVO+
Taxa de desemprego no Ceará tem leve queda e fica em 10,9%
Economia

Taxa de desemprego no Ceará tem leve queda e fica em 10,9%

Alta da informalidade e do número de pessoas que trabalham menos do que gostariam puxam recuo
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
 (Foto: )
Foto:

A alta do número de pessoas na informalidade e que trabalham menos horas do que gostariam puxou a leve retração da taxa de desemprego no Ceará em 0,8 ponto percentual, no segundo trimestre de 2019 ante igual período do ano passado, indo de 11,7% para 10,9%.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 15, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) trimestral, e evidenciam que, dos 4,12 milhões de cearenses considerados inseridos na força de trabalho, 449 mil estão sem emprego. Por outro lado, são 3,6 mil ocupados, uma alta de 3,5% no número de pessoas com posição no mercado frente ao segundo trimestre de 2018.

Mas as maiores variações, considerando a mesma base temporal de comparação, ficaram por conta dos cearenses subocupados por insuficiência de horas trabalhadas na força de trabalho. Eles somam 409 mil pessoas nesta situação, uma alta de 21%. Destaque também para os que trabalham por conta própria no Estado, que somam 1,12 mil cidadãos, o que equivale a um salto de 11,6% no período.

O número de pessoas que desistiram de procurar emprego no Ceará, ou desalentados, caiu 2,8% no segundo trimestre, contabilizando 358 mil pessoas. Já aqueles que trabalham para alguém somam 2,2 milhões de cearenses, uma queda de 2,8% de pessoas nesta situação. Deste universo, no setor privado, os com carteira assinada alcançam 923 mil trabalhadores e, os sem carteira assinada chegam a 633 mil.

Já na comparação com outras unidades da federação, em que 10 das 27 tiveram queda na taxa de desocupação, o Ceará tem o décimo menor índice do País. Mas, quando é analisada a taxa de pessoas que trabalham por conta própria no Estado, de 30,4%, o índice é o nono maior do Brasil.

No segundo trimestre, no País, a taxa de desemprego recuou para 12%, percentual inferior aos 12,7% do primeiro trimestre deste ano e aos 12,4% do segundo trimestre de 2018. As maiores quedas ocorreram no Acre, de 18% para 13,6%, Amapá, de 20,2% para 16,9%, e em Rondônia, de 8,9% para 6,7%.

Para Ricardo Coimbra, professor de Economia da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e da Uni7, embora seja pequena a melhoria, o processo de recuperação da atividade economia do Estado é melhor que o nível nacional. "Isso se deve muito à concentração do segmento de serviços. Quando começa a ter um crescimento nesse setor, que corresponde a 70% do Estado, observa-se uma melhoria. A gente observa que o segmento industrial é mais retraído e não conseguimos enxergar uma melhoria no mercado de trabalho".

Segundo ele, ainda é cedo para dizer que virá uma recuperação. O que se aponta é que a perspectiva de crescimento está bem abaixo do que se esperava. "Pode haver melhorias com os direcionamentos das pautas econômicas, como as reformas da Previdência e tributária e a MP da Liberdade Econômica, que deve gerar mais expectativas para o setor empresarial", analisa. (Colaborou Bruna Damasceno)

O que você achou desse conteúdo?