As projeções econômicas são de que a taxa Selic continue caindo nos próximos anos, até em função do ritmo ainda muito lento de recuperação econômica, o que deve favorecer esta tendência de crescimento do mercado de capitais. Porém, para minimizar riscos, a recomendação fundamental é entender a dinâmica do sistema, traçar bem seus objetivos e acompanhar com frequência suas aplicações.

Quem procura resultados imediatos, com a compra e venda de ações, por exemplo, deve ficar de olho no desempenho da empresa investida no mercado e também o que sinalizam as projeções de rentabilidade.

Já para quem visa um retorno de mais longo prazo, empresas de maior porte, sólidas e com bom resultado contábil podem ser uma melhor opção. "Uma empresa de maior porte, não necessariamente vai ter uma grande valorização no preço da ação, mas com certeza pode dar um bom dividendo", explica o economista Ricardo Coimbra. Ele recomenda não concentrar todo o investimento em apenas um tipo de ação. "Assim você dilui os riscos".

A professora Silvana Aguiar pondera, no entanto, que para quem está interessado em investir pela primeira vez, o ideal é fazer estas operações por meio de uma corretora ou um banco habilitado.

Já para empresas que pretendem abrir capital, o consultor de investimentos, Thomaz Bianchi, orienta que antes de ingressar neste processo é preciso seguir uma série de medidas preparatórias. "O primeiro ponto é ter um grau de governança bem estruturado, ser auditado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), ou seja, há uma série de questões a serem observadas".

Porém, uma vez no mercado, esta pode ser uma boa opção para expandir de maneira sustentável. "É uma forma de captação de recurso mais barata que um empréstimo, é um recurso no longo prazo, e que acaba trazendo também uma visibilidade muito grande e muitas oportunidades para as empresas". (Irna Cavalcante)