Para avançar no desenvolvimento de projetos que cheguem ao mercado em parceria entre a academia e a indústria, a Universidade Federal do Ceará (UFC) deve lançar edital para a criação de um parque tecnológico. A iniciativa seria encabeçada pelo Departamento de Engenharia da UFC.
Lindberg Lima Gonçalves, diretor do Campus da UFC Campus Russas desde a inauguração da unidade, em 2014, articula com a reitoria da UFC há pelo menos quatro anos a viabilização deste edital. A principal dificuldade, segundo Lindberg, são os marcos legais. Sem precisar prazos, ele diz que o projeto já foi conversado com o novo reitor da UFC, Cândido Albuquerque.
"Neste parque, uma empresa que tem interesse de desenvolver algum projeto, produto ou melhorar qualidade, inovar, saberá que a universidade tem a inteligência e os laboratórios para que ela possa investir para com a universidade avançar, chegando até o campus a abrigar um prédio da empresa que faria uma ponte entre a academia e a empresa", completa o diretor.
A empresa âncora desse parque tecnológico seria a própria Cimento Apodi e o projeto de criação da IA no moinho de cimento da companhia é um exemplo, considera o professor. A ideia é que o modelo do parque não faça com que ele se limite à uma localização espacial específica, mas uma estrutura provida por uma legislação que permite a instalação e interação entre a iniciativa privada e a UFC. O parque tecnológico também contemplaria um fatia de incubadoras.
O diretor do Campus Russas, comenta que no espaço de terreno da unidade, existem 50 hectares (ha) de terras. Ele considera que o ideal seria o uso de até 10 ha nesse projeto do campus. O modelo de funcionamento do parque, revela, deve seguir semelhança ao que é praticado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que abriga dezenas de empresas do setor petrolífero, que tem como âncora a Petrobras.