Logo O POVO+
Programa para ensino técnico tem aula a distância
Economia

Programa para ensino técnico tem aula a distância

MEC
Edição Impressa
Tipo Notícia

O Ministério da Educação (MEC) lançou nesta terça-feira, 8, um programa voltado para ampliar a educação profissional e tecnológica, que permite cursos a distância. Batizado de Novos Caminhos, ele prevê a abertura de 1,5 milhão de vagas até 2023 e traz uma série de semelhanças com o Pronatec, criado por Dilma Rousseff. A exemplo do programa anterior, ele prevê parcerias com o sistema S e a rede federal e faculdades privadas.

Ao anunciar o Novos Caminhos, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que cursos poderão ser dados por meio do "ensino parcial", que mescla aulas presenciais com ensino a distância. "Essa combinação reduz dramaticamente o custo do aluno por ano", justificou.

O investimento por vaga dessa modalidade de aula seria entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil. Além de mais barata, essa forma de ensino traria maior eficiência, na avaliação do ministro. Ele argumenta que alunos que optam por cursos técnicos têm origem mais humilde e despesas no deslocamento e de moradia para locais próximos da escola aumentam a desistência. Com a associação de aulas presenciais em laboratório e o ensino a distância, o custo para o aluno também seria menor. "Tudo fica mais eficiente."

O público alvo do programa apresentado nesta terça é formado por alunos que devem ingressar no ensino médio e população de cerca de 4,3 milhões de pessoas de 18 a 29 anos que não estudam e não trabalham.

O financiamento das atividades será feito com recursos dos programas de fomento, como o Pronatec. Lançada em 2011 e alvo de uma série de críticas pelo governo Bolsonaro, a iniciativa destinou até 2018 o equivalente a R$ 14 bilhões. De acordo com o MEC, porém, 78% foram aplicados em cursos concedidos na rede privada e grande parte em cursos de curta duração. O Secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Ariosto Antunes Culau, afirmou que o objetivo agora é rever as deficiências e usar os recursos de forma a atender também às necessidades do mercado. (Agência Estado)

O que você achou desse conteúdo?