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Aplicativos ganham mercado oferecendo preços menores na periferia
Economia

Aplicativos ganham mercado oferecendo preços menores na periferia

Concorrência. 99 Pop oferta até 15% de desconto em viagens longe do Centro. Uber manterá forma de cobranças para 2020
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 (Foto: Deísa Garcêz/Especial para O Povo)
Foto: Deísa Garcêz/Especial para O Povo

Com a legalização do transporte por aplicativos, o consumidor ganhou mais uma opção na mobilidade urbana e, os outros modais, mais um concorrente. Procurados pelo O POVO, Uber e 99 Pop explicaram como chegam aos valores. As empresas levam em consideração a distância, o tempo gasto e uma série de outros fatores, inclusive a cobrança de taxas públicas exigidas em algumas regulações municipais. A política de tarifa dinâmica permanece inalterada.

Em Fortaleza, com a regulamentação do transporte de passageiros por meio de aplicativos, existe a cobrança de um "Preço Público" de 2% sobre o valor de cada viagem.

Ao O POVO, a 99 informou que não existe previsão de aumento dos preços das corridas para o próximo ano. A empresa busca firmar espaço no transporte de moradores da periferia, com até 15% de desconto nos bairros mais afastados em comparação com as regiões mais centrais da Cidade.

"É importante destacar que a 99 tem uma política de democratização do acesso ao transporte. Desta forma, a empresa busca contribuir para um acesso mais qualificado à Cidade, seja por meio da integração modal, com uso combinado de transporte coletivo e por aplicativos, além de desestimular o uso de carro próprio, fomentando o compartilhamento e a economia inteligente", diz a empresa, em nota.

A Uber destaca que, desde que chegou ao Brasil em 2014, já é possível observar uma mudança de perspectivas das pessoas que se movimentam pelas cidades. "De Norte a Sul do País, em todos os estados, a tranquilidade de saber que há um carro disponível em poucos minutos pelo aplicativo, a qualquer hora e em qualquer dia da semana, mudou a maneira das pessoas se comportarem."

A empresa ainda destaca que ajuda a complementar a malha de transportes de mais de 100 cidades brasileiras, com mais de 600 mil motoristas parceiros no Brasil. Essa importância passou a ser compreendida até pelos organismos de pesquisa.

O economista Alex Araújo comenta que está acontecendo uma mudança de cultura que faz com que pessoas passem a deixar o carro em casa, por causa da dificuldade com trânsito e estacionamento nas grandes cidades, e prefiram um transporte alternativo, no caso os aplicativos em detrimento do táxi. "Por ter mais flexibilidade comparado ao transporte coletivo, ele passa a ser alternativa ao carro próprio."

"No médio prazo é possível que exista uma contribuição para a sociedade, pois haverá menos veículos transitando, menos poluição. Mas, claro, as opções de transporte de massa, com regularidade e conforto, são uma alternativa melhor para toda sociedade", complementa.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por exemplo, no cálculo médio da inflação, levará em consideração, no quesito transportes, os aplicativos. Entre o peso dos itens no índice, houve redução no transporte público, que passa de 4,50% para 3,16%. Adicionalmente, foram incorporados os subitens integração transporte público (0,07%) e transporte por aplicativo (0,21%).

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