Embora ainda não tenha calculado o crescimento nas vendas com a injeção dos R$ 5,2 bilhões do 13º salário no Ceará, o varejo local está otimista e aposta em alta de 8% neste fim de ano.

Cid Alves, presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Fortaleza (Sindilojas), acredita que as rendas extras devem puxar o crescimento. "Antes, trabalhávamos com um aumento de 5%. Mas, agora, estimamos alta de 8% em relação ao ano anterior", diz.

"Inclusive, os fornecedores estão dando muitas condições, o dólar está ajudando na redução dos preços...Tudo isso favorece", complementa.

Maurício Filizola, presidente do Sistema Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio), reitera. "A expectativa é muito boa para o comércio de bens serviços e turismo, com algumas liberações que incrementam o dinheiro circulante", disse.

Ele acrescenta que, neste período, os varejistas passam por um processo de reorganização do layout das lojas por meio de vitrines e aquisição de novas mercadorias para se prepararem para o incremento das vendas.

Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, Assis Cavalcante, os consumidores estão com fôlego para consumir após aliviarem as despesas com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) antecipado. "Além disto, a aprovação da reforma da Previdência trouxe mais confiança para consumidores e empresários. Tudo isso tende a animar as pessoas e melhorar investimentos", aponta.

"Estamos preparados também para o Natal de Prêmios, vamos sortear casas, caminhões de prêmios, temos tudo isso para animar o varejo", afirma. Segundo o Índice de Expectativas dos Especialistas em Economia (IEE), feito pela Fecomércio-CE e o Conselho Regional de Economia (Corecon-CE), o otimismo foi de 100,2 pontos para 103,0 pontos no Estado.