O cenário mais volátil predominou na sessão de negócios de ontem, em especial entre os principais ativos da carteira teórica do índice Bovespa por conta do sentimento de frustração dos investidores com o leilão do excedente da cessão onerosa. O aguardado fluxo de dólares com o certame, que pressionou a divisa norte-americana para baixo nos últimos 10 dias, também não se concretizou.
O Ibovespa encerrou em baixa de 0,33%, aos 108.360,22 pontos. As ações da Petrobras fecharam com sinais mistos, sendo que as preferenciais tiveram alta de 0,20% e as ordinárias, baixa de 0,43%.
Em relação ao dólar, a decepção ainda custou mais de R$ 0,11 entre a mínima, logo após a abertura e no auge das expectativas, e a máxima do dia. No fim do pregão, o dólar terminou cotado em R$ 4,0826, uma alta de 2,22%, na maior alta em sete meses.
O câmbio não via uma variação positiva tão alta desde 27 de março deste ano, um dia depois de a Câmara dos Deputados aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento impositivo.
O economista-chefe e sócio da Garde Asset, Daniel Weeks, explica que o mercado ainda interpreta o que está por trás do baixo interesse pelos campos de petróleo. "O resultado foi ruim. A dúvida que fica é se o leilão foi mal feito (mal precificado) ou se tem um significado que vai além disso e mostra um mau humor maior dos investidores estrangeiros com o Brasil", aponta. (Agência Estado)