Logo O POVO+
Investimentos fazem o Ceará reduzir populações mais pobres
Economia

Investimentos fazem o Ceará reduzir populações mais pobres

Base. Situação fiscal
Edição Impressa
Tipo Notícia

Ampliação da ocupação, crescimento do rendimento no trabalho e aposentadorias e pensões ajudam a explicar a redução da proporção de pessoas vivendo na pobreza no Ceará. É como explica o documento do IBGE.

A afirmação é corroborada pelo economista Ricardo Coimbra, que destaca ainda outro fator: boa situação fiscal, que cria possibilidades de geração de medidas econômicas e sociais com melhoria de renda da população.

"O Ceará vem crescendo mais do que a média, no Nordeste e no País. Acaba propiciando uma melhor qualidade de vida", avalia. Com mais emprego e educação, o crescimento médio da remuneração é mais fácil. O setor de serviços, que segundo a Síntese elaborada pelo IBGE é a principal atividade econômica do País, é protagonista na geração de receita. "Mas no Ceará houve também diversos investimentos estruturantes na economia, que ajudam a elevar os indicadores", pondera o profissional.

O complexo industrial do Pecém, a ampliação dos segmentos de turismo e a melhoria da estrutura aeroviária estão na lista dos investimentos que propiciam melhor empregabilidade. "Isso gera maior valor ao serviço. Se tem uma economia fortemente concentrada em serviços, sempre que tem crescimento industrial o serviço acaba elevando a renda média", calculou.

A Síntese mostrou ainda a queda econômica no setor de agronegócio. Conforme Coimbra, este tem perdido espaço no Ceará, principalmente por estarmos no semiárido.

Outro aspecto econômico que ressalta a condição monetário do Estado diz respeito à desigualdade. No sexto estado mais desigual do Brasil, os 10% da população com maiores rendimentos faturam 14 vezes mais do que os 40% menores rendimentos.

"A desigualdade caminha em paralelo com a pobreza e a extrema pobreza. E isso só será reparado no longo prazo, dando mais igualdade desde o nascimento. Se o Brasil tivesse entendido isso há 30 anos, não estaríamos nesse patamar", avaliou o diretor do Ipece, João Mario de França.

 

O que você achou desse conteúdo?