O Banco do Nordeste (BNB) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) assinaram um acordo de cooperação técnica que deve permitir a ampliação do atendimento aos micros e pequenos empreendedores (MPEs) da Região. A iniciativa ainda prevê a ampliação da capacitação dos empreendedores, pesquisas conjuntas e a realização de um fórum de discussão da região Nordeste.

A expectativa do presidente do BNB, Romildo Rolim, é que o crédito deste público deve ser de maior qualidade, uma vez que os empreendedores que passam pelo Sebrae têm maior preparo no trato do negócio.

Em 2019, somente com a aplicação em microcrédito, o BNB fechou cerca de R$ 550 milhões com MPEs no Estado. São 45 agências espalhadas no Ceará, que oferecem crédito para capital de giro e linhas de investimentos para empreendedores formais ou não. São 2,5 milhões de clientes ativos no microcrédito. Para o fechamento do ano em toda área de atuação, o banco deve fechar com mais de R$ 11 bilhões aplicados, acima dos mais de R$ 9 bilhões de todo o ano passado.

O diretor de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, Eduardo Diogo, celebra o acordo com o BNB e afirma que é de interesse do Sebrae continuar ampliando as ações em benefício dos MPEs do Nordeste. Na segunda-feira, 25, acordo semelhante será assinado, em São Paulo, com executivos do Banco do Brasil.

Ele acrescenta que a iniciativa oportuniza o ganho de produtividade aos MPEs, pelo nível aquém das expectativas, já que o micro e o pequenos produzem apenas 10% e 27%, respectivamente, do que o grande empresário consegue fazer.

"Temos a obrigação de elevar isso à taxas como nos países da OCDE, com 57% nas micros e 68% para as pequenas. Se fizermos isso, o Brasil já cresce 4% em dez anos".

Já o secretário do Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Serviços e Inovação do Ministério da Economia, Gustavo Ene, destacou que o BNB é visto como exemplo na gestão do microcrédito e que pretende intensificar os esforços em melhorar o ambiente de negócios para os MPEs.

VERDE AMARELO

A MP do Programa Verde Amarelo prevê incentivo ao microcrédito. Com isso, o BNB projeta dobrar a participação em aplicação e clientela. Já o Ministério da Economia observa as decisões tomadas no banco para emplacar iniciativas parecidas em outras regiões.