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Arco Educação atinge R$ 10,4 bilhões na Nasdaq
Economia

Arco Educação atinge R$ 10,4 bilhões na Nasdaq

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 Oto de Sá Cavalcante e Ari de Sá Neto: 50,5% da companhia mas ações super ON (dez votos por ação, versus 1 voto por ação) e 91% do controle da Arco (Foto: mauri melo)
Foto: mauri melo  Oto de Sá Cavalcante e Ari de Sá Neto: 50,5% da companhia mas ações super ON (dez votos por ação, versus 1 voto por ação) e 91% do controle da Arco

A Arco Educação fechou ontem na Nasdaq com valor de mercado de R$ 10,4 bilhões. A empresa fez um follow on (oferta de ações subsequente ao IPO) em 24 de outubro. A oferta foi de R$ 1,33 bilhão. Destes, R$ 600 milhões para o caixa da companhia (aquisições e investimentos em inovação), R$ 730 milhões de venda secundária (direto para acionista).

O principal vendedor foi a gestora de fundos de private equity General Atlantic (R$ 600 milhões). A GA reduziu sua participação de 18% para 11%. Ela já é sócia da companhia desde 2014, quando ainda assinava apenas com SAS. Os outros R$ 130 milhões foram referentes à venda de acionistas fundadores.

Após a emissão, Oto de Sá Cavalcante e Ari Neto (pai e filho) possuem 50,5% da companhia. Mas como têm ações super ON (dez votos por ação, versus 1 voto por ação, aliás, a mesma estrutura usada pela XP no seu IPO), possuem 91 % do controle da companhia. Desde a aquisição do Positivo, em maio, as ações da Arco subiram 48%.

A coluna apurou que os sócios da Arco estavam em Nova York com tudo pronto para emissão, só aguardando a aprovação da aquisição de Positivo pelo Cade, o órgão antitruste do Brasil. Assim que foi autorizada, lançaram a operação e começaram o road show no mesmo dia.

Os bancos líderes na oferta foram o Goldman Sachs, Itaú BBA e Morgan Stanley. No rol de bancos, ainda Bank of America, BTG Pactual, Credit Suisse e Bradesco.

O vice-presidente do O Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-CE), Raul Santos, diz que "a Arco tem fundamentos sólidos, um CEO e equipe jovem com excelente formação, percentual folgado para crescer com novas aquisições no Brasil".

Para ele, por ter menos de 10% do mercado, não terá problemas para obter aval do Cade. " Existe sempre a possibilidade de crescer também fora do Brasil por ser um plataforma de ensino fundamentada em tecnologia. Isto credencia a Arco a crescimento escalar maior até do que estamos presenciando".

Para ele, a favor da operação conta ainda a busca no Brasil e no mundo por investimentos mais rentáveis dentro da perspectiva de "nova economia".

 

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