Entre os potenciais expostos pelos estudos que levaram à criação do Atlas Eólico e Solar do Ceará, em destaque está o potencial de produção eólica offshore. De acordo com o governador do Estado, Camilo Santana, a partir das informações, a ideia é lançar os primeiros parques no alto mar.

"O Ceará é pioneiro nas energias eólica e solar, e agora estamos com a perspectiva de sermos pioneiros em energia eólica offshore, que é uma experiência ainda não implantada no Brasil", diz o governador.

Para o secretário-executivo de Energia e Telecomunicações da Secretaria de Infraestrutura do Estado, Adão Linhares, existem projetos no Estado a serem viabilizados. "Não dou cinco anos para que tenhamos os primeiros projetos em energia eólica offshore sendo construídos no Ceará".

O secretário-executivo revela ainda que o primeiro projeto está bem adiantado em licenciamento ambiental, registro de outorga, "de forma que teremos surpresa".

Nesta semana, o sexto projeto de energia limpa foi aprovado, pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema). A construção de um complexo solar fotovoltaico aprovado na última semana deverá render 900 vagas nos municípios de Limoeiro do Norte e de Tabuleiro do Norte.

Conforme os dados do Atlas, a posição geográfica costeira do Ceará é privilegiada, já que, nos 574 km de costa, uma plataforma pode ser feita a até 50 km mar adentro. Adão Linhares destaca que o estudo mostra potencial de 117 GW de produção, com fator de capacidade superior a 60%, acima da média nacional e mundial.

Sobre a aceitação do mercado, estima que a análise será feita por uma questão de preço e segurança. Ele afirma que os pequenos consumidores já instalam a geração distribuída em painéis fotovoltaicos e para as grandes consumidoras, que compram energia no mercado livre, terão a possibilidade de adotar um parque de energia renovável próprio. "Se há a possibilidade de contratar energia a longo prazo, de forma segura, é melhor".