A partir do sucesso na negociação para exportação do melão cearense para a China, outros setores observam atentos os movimentos para tentar acordos parecidos. A visita de agrônomos da Administração Geral de Aduanas da República Popular da China ao Ceará e Rio Grande do Norte, auditar a área livre da mosca-das-frutas para liberar propriedades para exportação de melão, anima outras culturas.

De acordo com o secretário-executivo do Agronegócio da Sedet, Sílvio Carlos Ribeiro, os chineses já demonstraram interesse em outros produtos cearenses. Banana, abacate e coco "são potenciais frutas que os chineses já manifestaram interesse em comprar", comenta.

Outros produtos de interesse chinês disponíveis no mercado brasileira são as proteínas. Sílvio Carlos cita o frango, ave que já foi alvo de reuniões para a exportação, pela preferência exótica dos chineses no consumo do pé dos animais. Ainda entre as proteínas, interessa ao Ceará abrir canais de relação para vender pescados.

Maior produtor de pescados do País, o mercado cearense é forte neste setor e os empresários querem oferecer aos chineses não só atum, mas também lagosta. "Temos trabalhado bastante e os investidores da área têm nos procurado, pelo crescimento do pescados na balança comercial", comenta.

O presidente da Faec, Flávio Saboya, ainda insere nesta lista o leite, já que a China é grande importadora. O Ceará apareceria como fornecedor, vide o crescimento na produção, a segunda maior do Nordeste no ano passado, aponta.